Dia 2 de abril, no Parque do Ibirapuera, será realizada a III Caminhada do Silêncio, organizada pelo Movimento Vozes do Silêncio, do qual fazem parte o Núcleo de Preservação da Memória Política e o Instituto Wladimir Herzog, que buscam fazer com que o golpe civil-militar de março de 1964 jamais seja esquecido.

Após 4 anos de governo Bolsonaro não esquecer o que foi o Golpe Militar de 64, as mortes causadas pelo regime de exceção, as práticas de tortura e outras violações dos direitos humanos é essencial para que possamos avançar e conquistar a democracia plena no País e para apontar para as nossas tarefas.

Não punir nenhum militar golpista de 64, diferentemente do que fizeram nossos vizinhos no Cone Sul, avançar muito lentamente na Comissão da Verdade, não modificar a formação dos nossos militares, trouxe consequências danosas para o País.  Permitiu que a sanha golpista dos militares ressurgisse, articulando para a queda da presidenta Dilma, pressionando pela prisão do ex-presidente Lula, a tentativa de fraudar a eleição de 2022 e de impedir a posse do presidente eleito: Lula. São os mesmos que cometerem massacres no Haiti e posteriormente foram aplicar esses atos de nas comunidades pobres do Rio de Janeiro e de outros lugares, por meio das Leis de Garantia e da Ordem (LGO).

Lembrar do Golpe de 64 e homenagear as vítimas do regime, mantém vivo o debate de que precisamos pôr fim a tutela militar (art. 142 da Constituição), que precisamos desmilitarizar as polícias do País, que os crimes cometidos pelos militares fora dos quartéis precisam ser julgados pela justiça civil.

Diante da importância desse evento, o Setorial Municipal de Direitos Humanos do PT chama as/os militantes do partido e dos movimentos sociais para a III Caminhada do Silêncio, dia 02/04/23, concentração a partir das 15h no Parque do Ibirapuera, na Praça da Paz (portão 8 – Av. República do Líbano).  A caminhada sairá às 18h e seguirá até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos.

Estão conformadas as presenças do Ministro de Direitos Humanos, Silvio de Almeida e do Secretário Especial de Memória e Verdade, Nilmário Miranda.

 

Osvaldo Schiavinato

Coord. Setorial Municipal de Direitos Humanos