Em carta, prefeitos de 14 capitais repudiam tentativa de impeachment contra Dilma

 

Um grupo de prefeitos de 14 capitais brasileiras se reuniu, na tarde de segunda-feira (14), com a presidenta Dilma Rousseff para prestar solidariedade ao governo e manifestar repúdio à tentativa de golpe.

Em nota intitulada “Em Defesa das Instituições Brasileiras”, os prefeitos afirmam que o Brasil deve respeitar a vontade da população, que conferiu à Dilma o exercício do mandato.

“Nós, prefeitos de capitais brasileiras, repudiamos o acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra a presidenta da República, acatado pelo presidente da Câmara Federal”, diz o documento.

“A presidenta Dilma Rousseff tem demonstrado retidão institucional e compromisso público no exercício de suas funções”, explicaram os prefeitos.

 

Confira a nota, na íntegra:

“Nós, prefeitos de capitais brasileiras, repudiamos o acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra a presidenta da República, acatado pelo presidente da Câmara Federal.

Devemos respeitar a vontade da população que conferiu à presidenta da República o exercício de seu mandato. A presidenta Dilma Rousseff tem demonstrado retidão institucional e compromisso público no exercício de suas funções.

Vale ressaltar que a análise do pedido de afastamento se inicia eivada de vícios, o que denota condução desvirtuada do processo. Por isso, os efeitos foram responsavelmente suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até a decisão do Plenário daquela instituição.

A banalização do uso do dispositivo legal do impeachment fragiliza as instituições e atenta contra a democracia. No pedido acolhido pela Presidência da Câmara dos Deputados não há atos ou fatos que respaldem o início de um processo dessa natureza. A peça se apoia em ilações e suposições que tentam, sem consistência jurídica, imputar responsabilidade à presidenta da República, como em pedidos rejeitados anteriormente.

As dificuldades pelas quais passa o Brasil não serão superadas a partir do desrespeito à ordem constitucional. Pelo contrário, um processo com essas características fere e desestabiliza o País.

Por fim, acentuamos que o diálogo nacional deve se apoiar primordialmente no respeito à civilidade democrática e ao resultado das urnas nas últimas eleições.

Brasília, 14 de dezembro de 2015,

Alcides Bernal,
Prefeito de Campo Grande;

Carlos Eduardo Alves,
Prefeito de Natal;

Edivaldo Holando Junior,
Prefeito de São Luís;

Fernando Haddad,
Prefeito de São Paulo;

José Fortunati,
Prefeito de Porto Alegre;

Marcus Alexandre,
Prefeito de Rio Branco;

Roberto Cláudio,
Prefeito de Fortaleza;

Carlos Amastha,
Prefeito de Palmas;

Clécio Luiz,
Prefeito de Macapá;

Eduardo Paes,
Prefeito do Rio de Janeiro;

Gustavo Fruet,
Prefeito de Curitiba;

Luciano Cartaxo,
Prefeito de João Pessoa;

Paulo Garcia,
Prefeito de Goiânia;

Teresa Surita,
Prefeita de Boa Vista”

Fonte:  Redação da Agência PT de Notícias

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