O relatório Investimento Estrangeiro na América Latina e Caribe mostra que o país recebeu US$ 66,7 bilhões, 43,8% do total de fluxos para a região. Depois do Brasil vêm o México (US$ 19,4 bilhões), o Chile (US$ 17,3 bilhões) e a Colômbia (US$ 13,2 bilhões).
Por Kelly Oliveira – Agência Brasil
Quinta-feira, 3 de maio de 2012
O Brasil foi o principal receptor de investimento estrangeiro direto (IED, recursos que vão para o setor produtivo do país) na América Latina e no Caribe, em 2011, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado hoje (3).
O relatório Investimento Estrangeiro na América Latina e Caribe mostra que o país recebeu US$ 66,7 bilhões, 43,8% do total de fluxos para a região. Depois do Brasil vêm o México (US$ 19,4 bilhões), o Chile (US$ 17,3 bilhões) e a Colômbia (US$ 13,2 bilhões).
No total, a América Latina e o Caribe receberam o volume recorde de US$ 153,4 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2011, o que representa 10% desses fluxos mundiais. Em 2010, a região recebeu US$ 120,9 bilhões. O valor histórico máximo anterior havia sido registrado em 2008 (US$ 137 bilhões).
Segundo a Cepal, há uma especialização produtiva na América Latina e no Caribe. No Brasil, os setores de manufaturas e serviços receberam 46,4% e 44,3%, respectivamente, enquanto o de recursos naturais ficou com 9,2%.
De acordo com o relatório, a União Europeia (UE) é a maior investidora na América Latina e no Caribe. Na última década, a UE investiu, em média US$ 30 bilhões por ano na região, 40% do total recebido. Esses investimentos foram direcionados principalmente para a América do Sul e estão diversificados em vários setores, com destaque para segmentos estratégicos, como energia elétrica e bancos.
Devido à incerteza do cenário internacional, a Cepal projeta que em 2012 as entradas de IED na região poderão ter variação entre -2% e 8%, em relação às de 2011.