Revelado mais um plano que Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes estão guardando para depois da eleição: impedir que os brasileiros descontem os gastos com saúde e educação do Imposto de Renda.
A descoberta foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, que conseguiu a cópia de um estudo sobre o tema, “elaborado pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno”.
Segundo o jornal, a equipe de Paulo Guedes calcula que essa maldade, que prejudica especialmente a classe média, faria o governo arrecadar R$ 30 bilhões. Assim, “compensaria as promessas que o presidente Jair Bolsonaro tem feito na campanha”.
Essa maldade se junta a outras duas que foram descobertas nos últimos dias: os planos de não reajustar mais o salário mínimo e as aposentadorias pela inflação (INPC) e de cortar 25% dos salários dos servidores. Todas contra trabalhadores, aposentados e classe média. Nenhuma medida que coloque os ricos para dividir essa conta…
Guedes defende medida desde 2019
Claro que Guedes já está dizendo que não vai fazer isso. Afinal, ele e Bolsonaro precisam fingir que são bonzinhos até a eleição terminar. Mas eles têm dois problemas: 1) o jornal tem uma cópia do documento; 2) Guedes já defendeu abertamente essa medida.
Olha o que ele falou em 2019: “Fica todo mundo juntando em casa papelzinho de dentista, papelzinho de médico. (…) Isso é ineficiente. Melhor tirar todas as deduções, abaixa um pouquinho a alíquota, é muito mais simples, não é?”.
A verdade está cada vez mais clara: Bolsonaro passou quatro anos maltratando os brasileiros e está tentando enganar o povo agora nas eleições. Mas já está pronto para voltar ao massacre assim que o segundo turno acabar.
Vale lembrar que, em 2018, ele “roubou” uma proposta de Lula e garantiu Imposto de Renda zero para quem ganhasse até 5 salários mínimos. Ele nunca cumpriu essa promessa e fez pior: deixou a tabela do IR completamente desatualizada. Hoje, quem ganha menos de 2 salários mínimos (R$ 1.903) já paga imposto.
Chega de governo mentiroso, fingido, e que odeia os trabalhadores e a classe média. Fora Bolsonaro.
Da Redação da Agência PT