Uma linha de crédito de R$ 1 bilhão será disponibilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a recuperação da economia das cidades que foram afetadas pelas enchentes provocadas pela passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.
De acordo com o BNDES, os recursos são destinados a produtores rurais, microempreendedores individuais (MEIs) e micro, pequenos e médios empresários das cidades atingidas pelo desastre.
Os recursos disponibilizados pelo banco público também poderão ser empregados como capital de giro. E os produtores rurais, MEIs e MPMEs do Rio Grande do Sul poderão acessar esses recursos via bancos e cooperativas repassadores dos recursos do BNDES.
A taxa de juros da nova linha, chamada Programa BNDES de Crédito Solidário, será corrigida apenas pela atualização da inflação (IPCA), o que, na prática, significa uma condição de taxa de juros real igual a zero para os tomadores do empréstimo, informou em nota o BNDES.
Além disso, o tomador do crédito terá até 60 meses (cinco anos) para quitar a dívida, sendo que está incluído nesse período um prazo de carência de até 24 meses (dois anos).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante reafirmou a prioridade estabelecida pelo presidente Lula para ajudar na recuperação dos prejuízos provocados pela tragédia climática no RS.
“É nessas condições que o presidente Lula quer que o BNDES atue: para fortalecer e ser solidário. Vamos reconstruir a economia local. Esse é um primeiro passo muito importante. Uma linha nova, com as condições mais favorecidas possível: sem juros, cinco anos para pagar e dois anos de carência”, explicou Mercadante.
O BNDES esclareceu ainda que os empresários que não têm a possibilidade de oferecer bens como garantia de suas operações de crédito terão os empréstimos assegurados pelo FGI PEAC, fundo garantidor do governo federal administrado pelo BNDES. O valor máximo de cada empréstimo será de R$ 2,5 milhões.
A nova linha poderá ser acessada por todas as instituições financeiras credenciadas do BNDES que atuam no estado do Rio Grande do Sul, dentre as quais, bancos comerciais, bancos cooperativos, cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento e agências de fomento. São essas instituições que irão repassar os recursos do BNDES a quem desejar acessar a linha.
Da Redação da Agência PT, com BNDES