Avenidas e rodovias amanheceram bloqueadas por trabalhadores que aderiram ao “Lockdown Pela Vida”, campanha do Fórum das Centrais Sindicais, que reúne dirigentes de todas as regiões do país.
Os sindicalistas pedem que toda a população seja vacinada com celeridade, auxílio emergencial de R$ 600,00 até o final da pandemia, mais empregos e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com as entidades sindicais, as manifestações foram articuladas por conta da “irresponsabilidade do governo federal, que levou o país ao pior colapso sanitário e hospitalar de sua história.”
A média diárias de mortes, após um ano de pandemia, é de 2.436, segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). “O Brasil se um exemplo mundial de fracasso e de falta de políticas públicas para conter a disseminação da covid-19”, afirmam as organizações.
:: Com 3.251 mortos em 24 horas, Brasil tem mais um ‘pior dia da covid’ ::
Para encerrar a programação de mobilizações em todo o país, as centrais sindicais convocaram a população a realizar um panelaço contra Bolsonaro, às 20h30.
Em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo (SP), os trabalhadores fecharam a Dutra, por volta das 6h30, e colocaram fogo em pneus, interrompendo o trânsito no sentido de quem vai para a capital paulista.
A rodovia Fernão Dias também foi interdidata e os manifestantes usaram tinta para escrever “Auxílio digno e vacinação geral já. Fora Bolsodoria”, fazendo alusão a união entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nas eleições de 2018.
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fecharam a BR-155, no Paraná, na altura dos acampamentos Helinira Rezende e Hugo Chávez.
No Rio de Janeiro também houve interrupção de trânsito. A RJ-104 foi bloqueada por integrantes da Frente Povo Sem Medo, entre Niterói e São Gonçalo.
Integrantes da Federação Única dos Petroleiros do Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, aderiram à paralisação e cruzaram os braços nesta manhã. Na capital do estado, manifestantes caminharam até o Palácio do Governo, onde entregaram uma carta com propostas para a classe trabalhadora.
No Pará, no município de Curionópolis, trabalhadores fecharam a PA-275.
Em Rio Branco, no Acre, camponesas foram à região central na cidade e estenderam faixas que pediam a saída de Bolsonaro da presidência.
Nos municípios de Gravataí e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, os trabalhadores espalharam faixas em diversos pontos das cidades pedindo vacinação e auxílio emergencial.
Já em Blumenau, Santa Catarina, os manifestantes colocaram cruzes na entrada da cidade, para lembrar as vítimas da Covid-19.
Na Paraíba, as ações começam pela manhã no Sindicato dos Trabalhadores da ECT na Paraíba-Empreiteira (SINTECT PB).
“Estamos vivendo o pior colapso sanitário e hospitalar da história do país por irresponsabilidade do governo federal. A luta para assegurar os direitos, a saúde e a dignidade dos nossos trabalhadores continua”, se posicionou o SINTECT-PB.
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Edição: Poliana Dallabrida
Redação: Brasil de Fato