Ato pela democracia é reprimido pela PM de Alckmin em SP

 

Manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma levou 15 mil pessoas à avenida Paulista; PM usou bombas de gás para dispersar o protesto

 

Nesta segunda-feira (29), data em que a presidenta Dilma Rousseff foi ao Senado para explicar que impeachment sem crime de responsabilidade é golpe, manifestantes se reuniram na avenida Paulista para fazer um ato em defesa da democracia e contra os retrocessos do governo interino de Michel Temer.

Com cerca de 15 mil pessoas, o protesto conseguiu caminhar da Praça do Ciclista, perto da avenida da Consolação, até o vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), a cinco quadras de distância. Lá, policiais militares atiraram bombas de gás lacrimogêneo para impedir que a marcha seguisse no sentido Paraíso, onde começa a avenida.

Convocado pelas Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, o ato reuniu lideranças sindicais, membros de movimentos sociais e partidos políticos progressistas que condenam o afastamento de Dilma, além de militantes independentes, incluindo crianças e idosos.

A repressão da Polícia Militar (PM) começou por volta das 19h. Embora não esperassem pelas bombas de gás lacrimogêneo, os manifestantes não se dispersaram. Aos gritos de “ Fora Temer“, concentraram-se na avenida. A PM atirou mais bombas, inclusive em diversos pontos da via. O ato estava se dispersando em direção à avenida da Consolação quando duas viaturas da Tropa de Choque chegaram.

Alguns participantes do protesto seguiram para a Praça Roosevelt, enquanto outros conseguiram deixar a marcha pelas ruas dos bairros vizinhos.

O ato havia sido convocado uma semana atrás com objetivo de denunciar o golpe em curso no país contra a presidenta e também contra os mais de 54 milhões de votos recebidos por ela nas eleições de 2014. Cartazes de “Volta, Querida”, “Nenhum direito a menos” eram comuns por toda avenida.

Pela manhã, movimentos sociais, lideranças políticas e defensores da democracia foram à Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza (CE), para apoiar Dilma. Manifestantes também foram à porta do Congresso Nacional e às ruas de outras cidades do país, como Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Também na segunda-feira, artistas e intelectuais mostraram apoio a Dilma.
Nas redes sociais, a hashtag #PelaDemocracia ficou em primeiro lugar no trending topics do Twitter, sendo o assunto mais comentado pelos internautas. Na mesma rede, o termo ‘Dilmãe’ alcançou a sexta colocação. Militantes contra o golpe também realizaram tuitaço com a hashtag #DilmaÉinocente.

 

Fonte: Agência PT de Notícias

 

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