O Brasil vive um momento decisivo para o futuro de sua democracia. Hoje, dia 9, a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) julgará se a sociedade brasileira poderá ter acesso às mensagens, arquivos e documentos apreendidos na operação Spoofing.
Os próprios ministros do STF já identificaram irregularidades contidas nos diálogos entre o ex- juiz e ex- ministro de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, e os procuradores da Lava Jato. As mensagens, que já passaram pela perícia, compõem o roteiro da perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
São evidências de escândalos que abalam as autoridades jurídicas e a democracia do Brasil. Houve a antecipação de decisão (combinação de jogo processual), de compartilhamento contínuo de informações sigilosas; de interferência na produção de provas, de ilegalidades na cooperação com autoridades estrangeiras e de outras irregularidades específicas que foram aplicadas somente ao ex-presidente.
A carapuça está caindo. Passados alguns anos desde a criação formal da Lava Jato, os brasileiros e brasileiras podem comprovar que sempre foi o objetivo atacar Lula e tudo o que representa a sua figura e os resultados dos seus governos. Nunca foi contra a corrupção.
Uma prova disso é que uma das mensagens cita a realização de uma “reunião conjunta com suíços e americanos para discutir percentuais da divisão do dinheiro” e a expectativa de que os “suíços [os] ajudarão a dar menos pros americanos”. Os trechos mostram a articulação da Operação com interesses alheios aos dos brasileiros.
Os ministros da segunda turma têm a chance de resgatar a credibilidade do judiciário e, acima de tudo, as garantias de funcionamento do Estado democrático de direito.
O povo brasileiro precisa saber
de toda a farsa da Lava Jato.