O Armazém do Campo vai receber, no próximo dia 4, terça-feira, um ciclo de debates sobre a realidade brasileira cujo foco serão as discussões sobre a crise ambiental e a tragédia que se abate atualmente sobre o Rio Grande do Sul. A atividade integra um conjunto de ações que vêm sendo orquestradas por diferentes entidades civis para prestar solidariedade à população afetada pelas enchentes, com destaque para a Semana em Defesa da Natureza, articulada por sindicatos, movimentos e outras organizações populares. A semana é alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, e terá atividades em todo o Brasil entre os próximos dias 3 e 9.
A partir das 15h30min, o público poderá conferir um debate sobre o tema “A necessária resistência contra o pacote da destruição”, que contará com exposições do coordenador do Observatório do Clima, Márcio Astrini, e do jornalista e produtor do podcast “Calma Urgente”, Bruno Torturra. Na sequência, a partir das 18 horas, é a vez de o professor Luiz Marques discutir o tema “Capitalismo e colapso ambiental”. Professor sênior da Ilum – Escola de Ciência, ligada ao Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), e também livre-docente aposentado da Universidade de Campinas (Unicamp), Marques é autor da obra “O decênio decisivo: propostas para uma política de sobrevivência”.
O cenário de destruição do Rio Grande do Sul acabou por impulsionar os debates sobre a ameaça trazida por medidas políticas de caráter antiambiental no Brasil e no mundo. O estado vem enfrentando fortes cheias desde o final de abril, com 469 cidades alagadas e 165 mortos até este sábado (25), segundo boletim da Defesa Civil.
As inscrições para o ciclo de debates podem ser feitas por meio de um formulário no link https://forms.gle/TZ1qL7PCoREzmvDW9 . Os organizadores pedem que os participantes levem doações para serem encaminhadas aos gaúchos. São aceitos alimentos não perecíveis, água, itens de higiene pessoal e produtos de limpeza. O evento ocorrerá no endereço Alameda Nothmann, 806, em Campos Elíseos, São Paulo (SP).
A ação tem o apoio do Comitê Popular de Luta, da editora Expressão Popular, do Armazém do Campo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do Brasil de Fato e do curso “Realidade Brasileira”, promovido pelo Movimento Brasil Popular (FBP) em parceria com o MST.
Redação do Brasil de Fato