Após manifestações e queda de popularidade, Alckmin suspende fechamento de escolas

 

 

 

 

Alckmin anunciou nesta sexta-feira (04/12) a suspensão do fechamento de escolas. A decisão do governador tucano veio após o resultado da pesquisa Datafolha que mostra a queda brusca da popularidade do tucano. Além da série de manifestações dos estudantes, professores e pais, a Justiça também tinha proferido decisões contrárias ao fechamento de escolas.

Antes do anúncio do governador, a justiça de Guarulhos tinha dado decisão contrária ao fechamento de escolas e a reestruturação, com base no argumento dos promotores, que alegaram falta de diálogo por parte do governo em uma medida tão importante.

 

Saiba mais sobre a queda de popularidade de Alckmin

A população de São Paulo não tem concordado com as ações do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). É o que aponta pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 de novembro, que mostra queda na popularidade do tucano.

Apenas 28% do eleitorado paulista qualifica o desempenho de Alckmin à frente do governo do estado como ótimo ou bom, a menor taxa de aprovação na série de 29 pesquisas do instituto ao longo dos quatro mandatos de Alckmin, mais de dez anos de gestão, em períodos alternados, desde 2001.

A reprovação também é recorde: 30% dos paulistas classificam o desempenho do governador como ruim ou péssimo. Esta é a primeira vez que, numericamente, há mais gente no estado desaprovando do que aprovando o governo Alckmin.

Outros 40% do eleitorado paulista, o maior contingente, classificam a atual gestão tucana como regular.

A avaliação de Alckmin é pior nas cidades grandes, entre os mais jovens, com 36% de reprovação no grupo dos que têm entre 16 e 24 anos, e entre os mais escolarizados, onde 43% o classificam como ruim ou péssimo no universo dos que têm ensino superior.

No conjunto dos municípios da região metropolitana de São Paulo, a reprovação ao governador atinge 38%. Na capital, 39%. Considerando só as cidades com mais de 500 mil habitantes, 40%.

Falta água e fecha escola – Nesta rodada, o Datafolha abordou dois temas diretamente relacionados ao governo estadual: a crise de abastecimento de água e a decisão de fechamento de escolas públicas, com o consequente remanejamento de alunos.

Em relação à remodelação nas escolas, de cada dez eleitores, seis (61%) são contra as mudanças promovidas pelo governo; três (29%) são favoráveis. A discordância chega a 69% entre os mais jovens.

O Datafolha também coletou a opinião do eleitorado a respeito das ocupações de escolas por parte de estudantes. A maioria (55%) manifestou apoio aos protestos, que se espalharam e já atingem 196 colégios no Estado. Outros 40% foram contra.

Sobre a crise hídrica que atinge São Paulo, um terço dos entrevistados (33%) disse que o fornecimento de água foi interrompido ao menos uma vez no último mês, taxa que chega a 55% entre os moradores da região metropolitana de São Paulo.

Além disso, de cada dez paulistas, oito estão convencidos de que o governo Alckmin só fornece informações a respeito do assunto que interessam ao próprio governo.

E apenas 14% acreditam que todas as informações sobre a falta de água são devidamente fornecidas.

Nesse contexto, Alckmin é visto como um governador que lida mal com o assunto. A atuação do tucano frente aos problemas de abastecimento de água é aprovada por apenas 20% das pessoas no estado e 13% na capital. Para 38% dos paulistas, quase o dobro, seu desempenho é ruim ou péssimo nesse setor.

O Datafolha fez 1.350 entrevistas em 47 municípios.

Fonte: Agência PT de Notícias, com informações da “Folha de S. Paulo” e início da notícia  com informações da revista Brasileiros

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