A cidade de São Paulo vive o seu pior momento de produção de moradia para a população de baixa renda. Muitos paulistanos vivem em condições precárias porque a prefeitura investe pouco na área habitacional.Essa foi a constatação dos participantes do Seminário Conversando com São Paulo sobre Habitação, realizado pelo Diretório Municipal do PT-SP no último sábado (14).
O objetivo do evento foi discutir a situação do setor habitacional da cidade e levantar sugestões para o programa de governo do partido para a próxima eleição municipal.
“Nunca vi tanto descaso com a habitação popular quanto na gestão Serra/Kassab. É o pior momento de produção de moradia na cidade”, afirmou Fernando Haddad, coordenador do programa Conversando com São Paulo.
O auditório do Sindicato dos Engenheiros lotou para debater o assunto e ouvir os convidados do seminário: o arquiteto Kazuo Nakano, do Instituto Polis, Inês Magalhães, secretária nacional de Habitação e o deputado federal Paulo Teixeira.
“Serra e Kassab são inimigos do povo sem teto de. O prefeito não constrói casas, só sabe pagar bolsa aluguel”, disse Sidney Pita, coordenador do setorial municipal de habitação do PT-SP.
De acordo com Kazuo Nakano, atualmente São Paulo está orientada pela lógica dos negócios imobiliários, deixando em segundo plano os interesses coletivos da população.
“Temos que fazer moradia em áreas de interesse social. Ao contrário do governo Serra/Kassab, que privilegia a especulação imobiliária”, declarou o deputado Paulo Teixeira.
Inês Magalhães esclareceu que existem recursos federais disponíveis para investimento em moradia popular, mas falta ao governo municipal uma política habitacional.
“Moradia é compromisso humano. Nossa prioridade é fazer um grande programa de moradia popular para a cidade. Dizem que falta terra para construir casas, mas o que falta mesmo é vontade política. Transporte e moradia são prioridades no nosso projeto de uma nova São Paulo”, declarou Fernando Haddad encerrando o seminário.
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