Bolsonaro apresentou, durante live na noite de quinta-feira (17), mais uma prova contra ele próprio. Com uma simples declaração, admitiu o que a CPI da Covid, no Senado, vem mostrando a cada novo depoimento e documento recolhido: ele nunca teve a intenção de vacinar toda a população brasileira nem de proteger as pessoas do vírus porque decidiu apostar na imunidade de rebanho por contaminação.
Na transmissão pela internet, Bolsonaro afirmou que a infecção é “mais eficaz” que a vacina. “Todos que já contraíram o vírus estão vacinados. Até de forma mais eficaz que a própria vacina, porque você pegou o vírus para valer. Então, quem pegou o vírus, não se discute, está imunizado”, disse, antes de desdenhar, pela enésima vez, da eficácia do Coronavac.
“Em menos de um minuto, Bolsonaro confessou o que a CPI procura demonstrar há semanas. Está ali, na fala dele, a razão pela qual boicotou todas as vacinas e apostou na absurda imunidade de rebanho por contágio. Sempre foi o objetivo dele colocar a população para se contaminar”, escreveu no Twitter o médico e pesquisador Daniel Dourado.
Desde o começo, todas as declarações de Bolsonaro buscaram estimular as pessoas a se infectar. Chamou a doença de “gripezinha”, disse que todos deviam ir à rua “como homem” e repetiu diversas vezes que a pandemia só passaria quando a maioria das pessoas fosse infectada. Agiu assim para estimular a imunidade de rebanho, mesmo sabendo que, ao fazer essa opção, provocaria centenas de milhares de mortes.
Agora, mesmo às vésperas de o Brasil registrar meio milhão de vítimas de sua política, Bolsonaro não deixa de estimular as pessoas as se infectarem. Tornou-se um genocida que nem tenta mais esconder seus crimes. Precisa ser parado. Deve ser retirado da Presidência e depois julgado pelas mortes que poderia ter evitado, mas não quis, só para manter a política de desmonte do Estado.
Da Redação da Agência PT