Ao contrário de outros países, Brasil de Bolsonaro vira Cemitério do Mundo

Site do PT Nacional

Jair Bolsonaro age como criança que foi pega fazendo algo errado. Sem ter como se explicar, apela para mentiras. O problema é que seu erro não é nada inocente. Ao negar a gravidade do coronavírus e sabotar as medidas para conter a Covid-19, ele já levou quase 285 mil brasileiros à morte e transformou o Brasil no país onde a pandemia mais mata no mundo.

Só que não é mais possível para Bolsonaro negar a realidade. Para 79% dos brasileiros, a pandemia está fora de controle. E 55% dizem ter muito medo de pegar o vírus. Os dados são de pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira (19). Então, o que faz o presidente? Tenta enganar a população, afirmando que a situação está ruim no mundo todo. “Qual país do mundo que está tratando bem a questão da Covid? Em todo local está morrendo gente”, indagou, espertamente. A pergunta merece algumas respostas.

1. Refaça a pergunta, Bolsonaro: Onde deu tão errado?

Sim, no mundo todo morreu gente por causa da Covid-19. Mas, passado mais de um ano do início da pandemia, qual país assiste a tantas pessoas morrendo como o Brasil? Nenhum. Há dias o país está em primeiro lugar no ranking de novas mortes por Covid-19, e com larga vantagem sobre os demais.

Na terça-feira (16), quando foi batido o recorde de óbitos em um só dia (2.842), o país teve o mesmo número de mortes que os seis países seguintes no ranking. Ou seja, o Brasil teve tantas vítimas quanto Estados Unidos, Rússia, Itália, Polônia, Ucrânia e França juntos. Na quinta-feira (18), foram mais 2.659 mortes. Isso significa que, de cada quatro mortos por Covid-19 registrados no planeta, um era brasileiro.

Sim, todos os países perderam vidas na pandemia. Mas hoje, enquanto outras nações começam a ver o resultado de suas ações (medidas de isolamento social, incentivo ao uso de máscaras, investimentos na saúde, produção e compra de vacinas etc.), o Brasil é chamado de Cemitério do Mundo, como descreve o jornalista Jamil Chade, no UOL. Responda, então, Bolsonaro: Qual país do mundo está tratando tão mal a questão da Covid?

2. Olhe para a China, Bolsonaro

Desde o começo da pandemia, Jair Bolsonaro se opôs às medidas de isolamento social, que passam pelo fechamento temporário de fábricas e comércio, alegando que elas fariam mal à economia. Assim, ignorou (e segue ignorando) que sem saúde da população, não há saúde da economia.

Já que ele quer saber que país tratou bem as questões envolvendo a pandemia, sugerimos que ele olhe para a China. O país asiático não pensou duas vezes em parar suas atividades econômicas para neutralizar o coronavírus e, depois de controlada a transmissão, retomar as atividades. Resultado? Em janeiro deste ano, a China teve seu maior crescimento econômico em dois anos, como mostra o gráfico abaixo, publicado pelo jornal inglês The Guardian:

 

E o governo Bolsonaro, o que fez? Não enfrentou o problema, impediu o Brasil de tratar tanto da saúde quanto da economia e entregou aos brasileiros o pior cenário possível: recorde de mortes aliado ao pior PIB desde 1990, quando Fernando Collor confiscou a poupança dos brasileiros.

O irônico — e trágico — é que, em dezembro passado, o ministro Paulo Guedes prometia uma recuperação da economia brasileira em V. O gráfico acima mostra que quem, de fato, viu essa recuperação em V foi a China, país que Bolsonaro, em sua cegueira ideológica, adora atacar.

3. Olhe para os EUA, Bolsonaro

Em um momento de crise grave como o da pandemia de Covid-19, um líder incompetente e sem compromisso com a verdade e a ciência provoca inúmeras mortes que poderiam ser evitadas.

Bolsonaro sempre se curvou diante do ex-presidente americano Donald Trump, seguindo sua cartilha. Pois foi só Trump sair, que os Estados Unidos melhoraram, pois houve uma mudança na gestão da pandemia. Talvez Bolsonaro se inspire a fazer o mesmo.

Lá, após a saída de Trump, a média semanal de mortes pela Covid-19 caiu de 3.110 (número registrado em 20 de janeiro, dia da posse de Joe Biden) para 1.354 (registro do último dia 14). No mesmo período, o Brasil, que não trocou de presidente, viu sua média saltar de 981 para 1.831. Os dados estão em matéria da Folha de S. Paulo e podem ser conferidos no gráfico abaixo:

 

 

Da Redação da Agência PT, com informações de  UOLFolha de S. PauloAgência BrasilThe Guardian e Correio Braziliense

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