Alckmin nomeia líder do “Endireita Brasil” para assessor

 

Ricardo Salles é contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, chama o MST de grupo criminoso e governantes de terroristas

 
Por Spressosp Segunda-feira, 4 de março de 2013

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, trouxe para o seu circulo mais próximo de assessores o advogado Ricardo Salles, de 37 anos, que ganhou notoriedade, em 2010, por apresentar-se como o líder do movimento “Endireita Brasil”. Salles se autodenomina como representante da direita liberal brasileira.
O novo secretário particular de Alckmin ficou conhecido por suas posições duras e polêmicas. Salles já se manifestou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, afirmou que o MST (Movimento dos Sem Terra) é um grupo criminoso e acusou o governo do ex-presidente Lula de revanchismo contra militares, após, segundo Salles, “levar terroristas ao poder”.
Salles mantém um blog no qual publica suas posições. A página conta com uma seção de vídeos, a maioria publicada em 2010.
“Esses que estão no poder, que no passado assaltaram, sequestraram, mataram pessoas na tentativa de instaurar uma ditadura de esquerda, querem o revanchismo (…) Não podemos permitir que essas pessoas tentem fraudar a história para premiar os terroristas de ontem, que hoje estão no poder” diz Salles em um dos vídeos.
Em outro vídeo, o novo secretário pessoal de Alckmin defende que o casamento de pessoas do mesmo sexo “contraria os princípios da família”. Em outro, denominado “Tudo aos bandidos do campo”, Salles critica o MST.
Como secretário pessoal de Alckmin, Salles terá como principal função articular os encontros e a agenda pública do governador.
A assessoria de imprensa do governador informou que “as opiniões manifestadas por Salles há três anos são de caráter exclusivamente pessoal”. Ressaltou ainda que “as opiniões do governador sobre esses temas são públicas. Alckmin sempre declarou-se favorável à união civil de homossexuais. Sancionou, em 2001, lei que pune a homofobia”.
A assessoria de Alckmin afirmou também que o governador “militou contra a ditadura” e “fortaleceu a rede de proteção aos trabalhadores sem terra”.

 
 

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