“Estude com os melhores professores de música do Brasil”. Com esse slogan, até mesmo arrogante, como manda a moda paulista, a Emesp convoca aspirantes a estudantes de música a fazer testes e para estudar a disciplina. Mas, neste ano, vários alunos aprovados não foram chamados, e vários desses professores estão sendo demitidos.
Ninguém foi comunicado oficialmente sobre o motivo, exceto, claro, os já demitidos. Mas nos corredores, comenta-se sobre um corte de verba determinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que foi descoberto por alunos que questionaram coordenadores da escola. A Santa Marcelina prefere instaturar o terror ao omitir-se, e prejudica ainda mais o andamento das aulas, que já estão minguando. Alunos e professores não sabem o que acontecerá, se há algum planejamento, ou mesmo qual o critério para as demissões.
O que se viu nesta semana, lastimavelmente, foi uma grande quantidade de alunos e professores desolados, alguns chorando, e um ambiente de enterro, à altura das ações do governador e seus aliados na Santa Marcelina. Semana passada algumas secretárias já haviam sido demitidas, e agora professores renomados como Alexandre Pimenta, Ciça Baradel, Conrado Paulino, Leila Mutanen e outros já foram demitidos, juntamente com muitos outros funcionários.
É inadmissível que docentes que contavam com determinada carga horária sejam pegos de surpresa ainda em abril com esse tipo de atitude.
Os alunos estão se articulando, e já há uma assembleia geral marcada para o dia 28/04, às 14h, e uma manifestação para o dia 29/04, que sairá às 10h do prédio da Emesp.
Pedimos a todos que ajudem a divulgar, pois, como de costume, a mídia aliada do governador nunca dará visibilidade a causas como essas.
Para manter-se informado, há um grupo no facebook do Grêmio Estudantil da Emesp que divulga informações.
Tristemente aproxima-se o fim de uma das poucas escolas de música que ainda sobrevivem.
Fonte: Jornal GGN