Abagge figura como sócio de várias empresas e, além de ser caloteiro, é réu em outros processos
Gustavo Abagge, identificado com um dos agressores de Letícia Sabatella em Curitiba, neste domingo (31), é réu na Justiça Federal em ação de cobrança de dívidas trabalhistas, no valor de R$ 64.665,31. A citação teve que ser feita por edital, uma vez que Abagge não foi encontrado para receber a notificação judicial. Seu nome faz parte do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas, mas ele não teve qualquer constrangimento de participar de uma marcha “contra a corrupção” e chamar a atriz de “puta”.
Abagge figura como sócio de várias empresas e, além de ser caloteiro, é réu em outros processos. É um símbolo perfeito da turma fascista e hipócrita que vai às ruas protestar “contra a corrupção” enquanto se esquiva da Justiça para não pagar por seus crimes.
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Além disso, após a identificação de Abagge, o jornalista Bob Fernandes publicou em seu Facebook uma informação que vem repercutindo com força nas redes sociais: o agressor é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado em 1998, época do desfalque bilionário de sonegação que foi noticiado pela Carta Capital em edição extra, na época, como “a maior lavagem de dinheiro do mundo”.
O caso foi arquivado pelo juiz Sérgio Moro na época e ninguém foi preso. Ao pai do agressor de Sabatella, que é citado quase uma dezena de vezes no relatório da CPI do Banestado, a pena sugerida foi de dez anos de inabilitação para atuar no mercado financeiro.
Confira, abaixo, a íntegra da postagem de Bob Fernandes sobre o caso.
“Leio que Gustavo Abagge é o cara que chamou Leticia Sabatella de ‘puta’ na manifestação de Curitiba. Gustavo seria filho de Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado, do Paraná.
Na farra das contas CC-5 este banco, entre outros, tornou-se símbolo de lavanderia de dinheiro porco; sonegado, na melhor das hipóteses. Por ele, e outros, fortunas – me lembro de certo Bilhão – eram enviadas para paraísos fiscais.
Quem conheceu as listas de dinheiro enviado pra fora via gambiarras nas CC-5 sabe que muitos do que agora bradam, e vários dos que mancheteiam contra a “córrupissão” estavam
naquela farra.
Conheci tais listas porque em 34 páginas escrevi, em Maio de 98, a única edição extra de Carta Capital, “Brasil: a maior lavagem de dinheiro do mundo”. Tratava desse tema, toda a edição.
Lembrar daquela longa apuração e ver certos tipos pontificando sobre “ética” nas ruas, mídias e redes, provoca engulhos: como conseguem ser tão cínicos, tão hipócritas?
Mas voltando à Sabatella, aos zurros curitibanos, e ao cara que é filho do cara, uma constatação: a neurociência avançou barbaridades, a farmacopéia idem, mas o velho e bom Freud ainda explica muito…”
Fonte: PT Câmara