Para arrecadar recursos para os planos eleitorais de Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes anunciou que pretende enxugar ou mesmo acabar com programas sociais. Um deles é o programa Farmácia Popular, criado pelo Partido dos Trabalhadores, durante o primeiro governo Lula. O programa foi criado em 13 de abril de 2004, pela Lei nº 10.858, e regulamentado pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004.
O projeto foi criado e implementado pelo então ministro da Saúde, Humberto Costa, atualmente senador pelo PT de Pernambuco. Até hoje, o site do Ministério da Saúde destaca que o programa foi criado com o “objetivo de oferecer mais uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais”. O programa cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, diz ainda o site oficial.
No entanto, apesar de sua importância para a saúde dos mais pobres, e para não mexer com os lucros dos bancos, o programa é um dos alvos de Guedes. “Bolsonaro dá sequência ao plano de acabar com os programas sociais do PT e prepara o fim do programa Farmácia Popular. O programa permite comprar remédios com preços acessíveis e distribui gratuitamente medicamentos para hipertensão e diabetes”, denuncia o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).
No caso de sua extinção, 22 milhões de pessoas ficarão sem acesso medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90%. Para o ex-ministro e criador do Farmácia Popular, a medida pode comprometer ainda mais o SUS. “Os medicamentos distribuídos pelo programa tratam doenças crônicas. Se as pessoas não tratarem preventivamente o problema, correm o risco de ir para o SUS com doenças ainda mais graves e, mesmo assim, serem vítimas de uma morte prematura”, explicou Humberto.
Os principais usuários são os idosos e pessoas pobres com doenças crônicas. O programa dá acesso acesso a medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes, asma, rinite, dislipidemia, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Também a antibióticos, ansiolíticos, antifúngicos e anti-inflamatórios. E, ainda, a contraceptivos e fraldas geriátricas.https://platform.twitter.com/embed/index.html?dnt=true&embedId=twitter-widget-0&frame=false&hideCard=false&hideThread=false&id=1298035979614396416&lang=pt&origin=https%3A%2F%2Fpt.org.br%2Fagora-bolsonaro-quer-deixar-o-povo-sem-acesso-a-medicamentos%2F&siteScreenName=ptbrasil&theme=light&widgetsVersion=223fc1c4%3A1596143124634&width=500px