Abdael Ambruster: Nazistas, Fascistas e Tanques não vão impedir a chegada da Primavera.

O mundo assiste perplexo o que se passa no Brasil, mais de meio milhão de mortos pela Covid-19, a fome que volta a assolar os lares dos brasileiros, o desemprego aumentando e, enquanto isso, a República é corroída pela ferrugem, não só dos tanques que “desfilaram em Brasília, mas pela ferrugem do autoritarismo, incompetência, corrupção, negacionismo, fundamentalismo e, NAZISMO. Sim, isso mesmo, o presidente da República não é mais um fascistóide, que faz do apito de cachorro um aceno para a sua turba ensandecida, é um admirador do nazismo, já devidamente identificado graças aos esforços de uma mulher de coragem, Dra Adriana Dias – professora da UNICAMP, que há décadas se dedicada à identificação e ao desmantelamento de células nazistas no Brasil.

Eis que o que há de pior na humanidade se faz presente na representação do mandatário da nação, uma pessoa com profundas ligações com o nazismo, não bastava ser homofóbico, preconceituoso, intolerante, misógino, sim, tinha que ser nazista.

Um pouco de história nunca é demais, não podemos esquecer que o Brasil tinha a segunda maior célula nazista fora da Alemanha Nazista nos anos 30 do século passado. Não podemos esquecer que o país tinha o partido Integralista com quase um milhão de filiados, uma cópia tupiniquim do fascismo de Mussolini, também nos anos 30 do século passado.

A semente do mal não desapareceu com a morte de Hitler e Mussolini, canalhas também envelhecem. Aqueles jovens que faziam parte destes dois partidos do ódio no Brasil, transformaram-se em “respeitáveis” senhores de “certa tradicional família brasileira” e o ódio foi passado de geração em geração.

Importante ressaltar que a semente da nossa polícia e política de segurança pública, além de ter sido regada pelos 400 anos de política escravocrata com o racismo, ainda hoje pulsante, também foi regada pelo esgoto do nazismo. Vale lembrar que Filinto Muller, chefe da polícia política de Getúlio Vargas, foi para a Alemanha Nazista se encontrar com Heinrich Himmler, chefe da Gestapo e da SS, para trazer ao Brasil dicas odiosas a serem adotadas em sua polícia política.

Jair Bolsonaro jamais disfarçou a sua admiração por Hitler, não foi à toa que Roberto Alvim, que foi receber unção na Igreja Bola de Neve em dezembro de 2019, e o seu ministro da cultura, decidiu fazer aquele famoso vídeo imitando o Goebbels. Não é à toa que as células nazistas no Brasil aumentaram muito em comparação com os anos anteriores. Hoje, segundo Adriana Dias, a corajosa brasileira que desnudou a face nazista de Bolsonaro, já foram identificadas 530 células, sendo que em 2020 eram 441 e em 2018 eram apenas 89.

O que leva pastores, apóstolos e bispos de igrejas como Renascer, Bola de Neve, Universal, Igreja Mundial, Igreja Internacional e outras denominações, apoiarem um governo que nunca disfarçou o seu tom autoritário e preconceituoso? Será que não é à toa, aí vamos a mais uma aula de história, que a maioria (não todos, não vamos generalizar) dos evangélicos na Alemanha apoiou a ascensão do nazismo e, levou a prisão e morte de outros evangélicos que se opunham a política de Adolf Hitler. Fica o alerta.

No dia 10/08, quando tanques desfilaram sobre Brasília, não foi apenas em cima do asfalto que desfilaram suas enferrujadas esteiras, foi em cima da República, sobre as instituições: STF, Senado, Congresso e nas próprias forças armadas e, no luto de mais de meio milhão de famílias que perderam o seus entes queridos sob a égide de um governo fadado ao fracasso. Essas esteiras também passaram por cima do luto de milhares de famílias vítimas de décadas de uma política militarizada e ultrapassada de segurança pública que vitimou corpos pobres, pretos, periféricos, femininos, LGBTQIA+ e originários da nossa nação.

Mas a República haverá de resistir ao assalto de fascistas, nazistas e fundamentalistas, o povo brasileiro e o Partido dos Trabalhadores resistirão firmes. Para tentar destruir o PT, arruinaram  o país, promoveram o impeachment de uma mulher honesta, prenderam um homem inocente  e levaram o país a uma era de trevas, fome e morte.

No entanto, o alvorecer da esperança está chegando. Os tanques podem passar por cima de duas ou três flores, mas jamais impedirão a chegada do alvorecer da nova Primavera. Os seus dias como presidente estão acabando, Bolsonaro. Os dias de terror que você, seus filhos e toda sua súcia impuseram à nação, ao meio ambiente e em razão disso, ao mundo de um modo geral, estão com os dias contados.

ABDAEL AMBRUSTER

Coordenador Municipal/Estadual SP e Nacional de Segurança Pública do PT

Policial Penal, Especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos

Bacharelando em Teologia

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