A Petrobras e sua função social serão temas centrais nos debates deste ano

No dia 10 de março, quinta-feira da semana passada, a população brasileira foi pega de surpresa com um aumento recorde nos preços o preço da gasolina em 18,8%, do gás de cozinha em 16,1% e do diesel em 24,9%. O impacto na economia atingirá em pouco tem a produção, inflação e empregos.

O governo de Jair Bolsonaro correu para justificar que o aumento é decorrente da alta do preço do petróleo por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, no entanto isso não é toda a verdade. Este aumento absurdo é fruto de uma política de desmonte da Petrobras iniciada em 2016, após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Na época do PT era diferente

Enquanto Lula e Dilma tiveram a coragem de nomear presidentes da Petrobrás comprometidos com aquele que tem de ser o principal beneficiário da empresa: o povo brasileiro. A empresa tinha uma política de preços de combustíveis que beneficiava o consumidor tanto na bomba de combustível, quanto no preço final de quase tudo que é consumido no Brasil, afinal também pagamos pelo transporte das coisas.

Bolsonaro deu continuidade à política iniciada por Temer após o golpe que, sob o pretexto de “despolitiza e limpar” a Petrobras, iniciou um processo de privatização e mudança na política de preços que visavam apenas os lucros dos acionistas.

O preço do Golpe

Desde então, a conta tem chegado e chegado bem salgada: nos últimos 4 anos, o preço do diesel – o combustível que movimenta o Brasil –, subiu 69,1%. A gasolina aumentou 56,5% e o gás de cozinha, 47,8%. A inflação do mesmo período foi de “apenas” 21,86%.

Chega a ser irônica a circulação nas redes sociais de um panfleto da campanha de 2018 de Jair Bolsonaro, em que ele prometia gás de cozinha a R$ 35 e gasolina a R$ 2,50. Passaram-se quase 4 anos e a gasolina está beirando aos 10 reais em alguns lugares.

A luta não pode parar

O PT tem denunciado insistentemente essa política patrocinada por Jair Bolsonaro, que tem prejudicado em especial as pessoas mais pobres. As bancadas do partido no Congresso Nacional, bem como sua base social estão na linha de frente na defesa desse patrimônio de nossa sociedade.

A Petrobras e sua função social serão temas centrais nos debates deste ano. Caberá à população brasileira comparar dois modelos de gestão e ver qual é mais benéfico para ela. Sem medo e com esperança de que as coisas possam voltar a ficar boas novamente.

Jilmar Tatto é Secretário Nacional de Comunicação do PT

 

Texto original está publicada no site Carta Capital

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