No domingo (27), a Secretaria Municipal da Juventude do Partido dos Trabalhadores da capital paulistana fará o seu 3º Congresso da JPT. Antes disso, a Rádio Linha Direta, em conjunto com a comissão organizadora do 3º congresso da JPT, fará uma série de entrevistas com os candidatos (as) a secretário (a) da JPT sampa: Luna Zarattini, Vitor Marques e Danilo Bomtempo.
Integrante da plataforma digital Jornalistas Livres e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a jornalista Larissa Gould é a entrevistadora do programa especial da Rádio Linha Direta.
Primeiro entrevistado, Danylo Bomtempo tem 27 anos, é ativista cultural, coordenador da juventude petista do Diretório Zonal de Jabaquara e também é apresentador do programa ‘Som das Ruas’, da Web Rádio Linha Direta, do PT-SP.
Candidato pela chapa Construindo um Novo Brasil, no bate-papo, Danylo Bomtempo fez um balanço das últimas gestões da JPT, falou dos desafios para o próximo período, sobre a mudança na estrutura de organização e comentou o eixo central do 3o Congresso da que é o genocídio da juventude negra. Além disso, ele falou sobre São Paulo e a política sobre Drogas, que tem grande protagonismo da juventude, e como o Partido tem discutido ao longo dos anos essa questão. A gestão do prefeito Fernando Haddad, em sua avaliação, tem entre suas principais políticas o incentivo à ocupação do espaço público, seja com políticas de mobilidade urbana, seja com políticas culturais.
Indagado sobre a atual gestão da secretaria da juventude petista do diretório municipal do PT paulistano, Danylo discorda da ideia que busca a refundação do partido, mas acredita que o PT tem que ter uma nova cara e novas ideias. “Acredito em uma nova cara, uma nova ideia, um novo pensamento”, diz.
Danylo ressalta que a JPT deve debater seu modelo de gestão e frisa que a juventude é muito criativa. “Nós temos que falar da autogestão da secretaria, como ela irá funcionar? Financeiramente a juventude não tem nenhum recurso, mas a juventude é muito criativa […] A gente perdeu a criatividade de vender os nossos bótons, as nossas bandeiras da juventude, fazer camisas personalizadas e vender?”, questiona. De acordo com ele, a secretaria precisa debater um modelo próprio de política de finanças para que não seja dependente das outras instâncias partidárias.
Ao final, Danylo comentou o tema central do 3º Congresso da JPT: o genocídio da juventude negra, e pontuou que São Paulo é uma das cidades com maior índice de violência policial, o que deve motivar a JPT paulistana a fazer o debate de forma descentralizada, na periferia. Ele concluí frisando que isso pode qualificar a disputa das ideias na sociedade.
Fonte: Elineudo Meira | Linha Direta