O Fora Bolsonaro se espalha cada vez mais e com mais força. Neste sábado, pela segunda vez no mesmo mês, as ruas do país foram tomadas por brasileiras e brasileiros que não aguentam mais o governo genocida, corrupto e antidemocrático de Jair Bolsonaro. Os protestos em favor do impeachment ocorreram em mais de 500 cidades do Brasil e do exterior, evidenciando que a rejeição ao atual presidente é generalizada.
O Movimento Fora Bolsonaro estima que os atos tiveram, ao todo, a participação de 600 mil pessoas. “Nas ruas, as principais bandeiras presentes foram em defesa da democracia e das eleições, contra a propina da vacina e a favor da aceleração da vacinação em todo o país. Mais uma vez, foram presentes as homenagens aos mais de 540 mil mortos vítimas da Covid-19”, afirmou o grupo em nota.
As manifestações começaram cedo, com grandes manifestações em cidades como Rio de Janeiro e Salvador na parte da manhã. À tarde, o protesto continuou reunindo multidões em Brasília, Porto Alegre, Recife, Florianópolis e São Paulo. Em todos os locais, os manifestantes se preocuparam em manter o distanciamento sempre que possível e não dispensaram o uso de máscaras (veja galeria de fotos no fim da matéria).
Em São Paulo, a Avenida Paulista ficou tomada de gente nos dois sentidos, repetindo a cena vista em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho, dias dos três primeiros protestos. Um dos discursarem no caminhão principal, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) exaltou os participantes: “Nós estamos aqui com vocês até a última gota de suor para tirar o genocida do Palácio do Planalto”.
Em todo o país
Uma das legendas à frente do superpedido de impeachment apresentado em 30 de junho, o Partido dos Trabalhadores marcou presença em atos de todo o país, seja por meio de seus militantes, seja com a presença de lideranças e parlamentares. A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e a deputada Erika Kokay (DF), por exemplo, acompanharam a manifestação em Brasília, onde milhares marcharam na Esplanada dos Ministérios. “Não adianta o genocida fazer motociata e ameaçar. Tem resistência e luta”, afirmou Gleisi.
Já no Nordeste, o deputado José Guimarães (CE) foi com seus conterrâneos às ruas de Fortaleza, onde a organização estimou a participação de 30 mil pessoas. “Foi grande, foi forte e com muito apoio por onde a caminhada passou. O Brasil vai se unindo pelo impeachment de Bolsonaro”, comemorou Guimarães.
No Sul do país, a deputada Maria do Rosário (RS) celebrou a força do protesto em Porto Alegre: “Imensa e linda caminhada pelas ruas de Porto Alegre. Nossa cidade dá um grito de basta ao autoritarismo, ao genocídio, à violência e a tudo de ruim que Bolsonaro representa. Queremos viver com alegria, dignidade e esperança”. E, no Norte, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha, acompanhou a passeata na capital Belém.
Desde cedo
Presente no ato de São Paulo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, saudou o que chamou de “um dia histórico”. “Desde a manhã, a classe trabalhadora, o povo brasileiro, ocupou as ruas nos 27 estados da Federação, e não só nas capitais. O movimento está indo para o interior. A sociedade brasileira tomou consciência. A gente quer um país melhor, não quer ver mais famílias inteiras pedindo auxílio nas calçadas, passando fome, um terço da nossa população desempregada, essa tragédia de mais de meio milhão de brasileiras e brasileiros mortos e, mais triste ainda, 130 mil crianças que perderam os pais”, completou.
Pela manhã, o maior protesto ocorreu no Rio de Janeiro, com a participação de 70 mil a 75 mil pessoas, pelos cálculos do Bloco Democrático, grupo que organizou o ato e reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda. A concentração começou às 10h na Avenida Presidente Vargas, em frente ao monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares. De lá, os participantes seguiram a pé até a Praça da Candelária.
Redação da Agência PT