Após o anúncio do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), de afrouxamento da quarentena no Estado, e do prefeito Bruno Covas (PSDB), sobre a retomada do trabalho presencial em setores do comércio na cidade, a Bancada do PT reitera sua posição pela necessidade da adoção de medidas que possibilitem de fato o isolamento social e o achatamento da curva de contágio em todo estado.
Os números dão conta de que a taxa de isolamento social em São Paulo não ultrapassa a marca dos 50% e nunca atingiu a meta de 70%; já o número de mortos e contaminados pelo novo coronavírus – mesmo diante da subnotificação pelo baixo número de testagens – só aumenta: nos últimos cinco dias foram mais de 1000 mortes, até o dia de ontem, 1º/6, foram 65.716 contaminados e 8.588 mortos.
Neste sentido, a Bancada do PT recebeu com preocupação o anúncio do presidente Eduardo Tuma (PSDB) acerca da retomada dos trabalhos presenciais no legislativo, notificação essa feita por e-mail, sem discussão com a Mesa ou no Colégio de Líderes. A Câmara de São Paulo foi o primeiro órgão público do estado de São Paulo a apresentar medidas de distanciamento social, com o fechamento do prédio para o público externo, a adoção de protocolos de higiene, a distribuição de insumos e a adoção do regime de teletrabalho.
Também é importante destacar que em momento algum os trabalhos da Casa deixaram de ser realizados, com a realização do plenário virtual e as votações de forma remota, inclusive nas Comissões.
A Liderança do PT apresentou um documento com recomendações para o restabelecimento do trabalho presencial e informa que, até que estas medidas sejam atendidas, os mandatos do PT não retomarão os trabalhos presenciais. Na mesma linha, o PT é frontalmente contra qualquer medida que coloque em risco a saúde e a vida dos servidores e do público em geral.
Desde o início da pandemia, o PT apresentou um conjunto de propostas para lidar com os impactos na vida do povo: renda básica emergencial, cartão alimentação com os recursos da merenda escolar, distribuição de um milhão de cestas básicas, distribuição de EPIs para os trabalhadores da saúde e da assitêncica social, reabertura do hospital Sorocabana e instalação de hospitais de campanha nas periferias, dentre outras iniciativas.
Por fim, reafirmamos a posição que tem sido adotada desde o início desta crise sanitária: o momento é de priorizar a vida das pessoas, o combate a fome e a proteção dos empregos; investir em saúde e assistência social, como prioridade. Governo comprometido com o povo não pode ceder a pressão de grupos econômicos e políticos, mas agir para salvar vidas.
Bancada de Vereadores do PT
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
São Paulo, 02 de Junho de 2020