Um grupo de deputados federais de nove partidos, incluindo o PT, encaminharam, nesta quarta-feira (5), ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que a Casa Legislativa investigue a política adotada pelo Banco Central sob o comando de Roberto Campos Neto, que insiste em manter, sem explicação convincente, a taxa básica de juros a 13,75%, prejudicando a retomada da economia brasileira.
Assinam o documento (acesse aqui) a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, além dos presidentes de PCdoB, PV, PSol, PSB e Rede, assim como deputados desses seis partidos mais PDT, MDB e PSD. O grupo tem reunião marcada para as 16h com Pacheco.
O pedido é para que o Senado, conforme previsto na lei que deu autonomia ao Banco Central, apure “a possível motivação viciada e vício de finalidade” na manutenção da taxa de juros em 13,75% e também “eventuais responsabilidades” de Campos Neto “no que se refere à demora e ao não cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social”.
Os parlamentares afirmam que o comunicado do BC do último dia 21, no qual informa a decisão de não alterar a taxa de juros surpreendeu negativamente entidades do mercado financeiro, agentes políticos e toda a sociedade civil.
O texto segue argumentando que a taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, força uma queda da atividade econômica e preocupa entidades industriais, entre outras consequências, indo na contramão de medidas adotadas em outros países.
“As justificativas apresentadas para tal manutenção atrelam-se a uma conservadora política econômica que ignora as favoráveis quedas inflacionárias dos últimos meses, bem como omite-se do efeito negativo da alta taxa de juros, impondo uma desaceleração da economia e manutenção da retração da atividade empresarial, criação de empregos e qualidade de vida dos brasileiros”, escreve o grupo.
Da Redação da Agência PT