Em SP, Manifestantes fazem ato contra prisões arbitrárias das lideranças do Movimento de Moradia

Elineudo Meira

Movimentos de moradia realizaram nesta quarta-feira (24) ato contra as prisões arbitrárias das lideranças: Preta Ferreira, Ednalva, Angélica e Sidnei, que completou um mês. A manifestação teve concentração na Praça do Patriarca e seguiu até a Rua Riachuelo, em frente ao Ministério Público de São Paulo, no centro da cidade de São Paulo.

Durante a concentração do ato, Alexandre Bonfim, conhecido como “Kiko” da coordenação da Central de Movimentos Populares questionou: “Eu pergunto aos advogados: também é considerado crime a taxa que é cobrada pela OAB (Ordem de Advogados do Brasil), o dízimo que é dado às igrejas. Lutar não é crime. A gente faz melhorias (nos prédios que ocupamos) e isso é chamado de crime?”, disse Kiko.

O ator Pachoal Conceição conhecido pelo personagem “Dr. Abobrinha” do Castelo Rá Tim Bum também marcou presença no ato e ressaltou: “Eu tenho 66 anos, e nesses 66 anos eu já passei por vários momentos no Brasil, como em 64, em 70, conhecido como anos de chumbo, o movimento de redemocratização do país, as emendas diretas, as eleições, a grande eleição que elegeu o presidente Lula. É verdade sim, é difícil a luta, às vezes a gente fica triste, parece que perdeu a luta, parece que perdeu o jogo, mas a luta continua. Liberdade para os presos, liberdade para o Lula, liberdade, liberdade abre as asa sobre nós”, disse Paschoal.

Os vereadores Eduardo Suplicy e Antônio Donato destacaram que a luta dos movimentos pelo direito à moradia digna é justa e não pode ser criminalizada e manifestaram apoio contras às prisões arbitrárias das lideranças do movimento e do sempre presidente Lula.

“Cada vez que mexe com nós, mas a gente se fortalece porque ficamos mais juntos. Hoje todos somos Preta, Sidnei, Ednalva, Angélica e o presidente Lula. Vamos mostrar que temos organização”, afirma Sidnei Pitta, coordenador da União dos Movimentos de Moradia.

Juçara Passo do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) destaca que o recado do ato é claro os vários movimentos estão unidos em solidariedade: “Ninguém, solta a mão de ninguém”.

Por Diane Costa do PT São Paulo

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