A Central de Movimentos Populares (CMP) realiza neste ano seu VII Congresso, de 26 à 29 de outubro, com tema: 30 anos de lutas e resistência, e o lema: Contra o fascismo, em defesa da democracia, dos direitos e da vida. O objetivo é aprovar um plano de lutas e renovar a direção política. A data não foi escolhida por acaso. Ela marca o aniversário de 30 anos da nossa Central, fundada no primeiro Congresso Nacional de Movimentos Populares, entre 28 e 31 de outubro de 1993, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Somos fruto de um processo histórico de organização popular, luta por direitos e políticas públicas, pelo direito à cidade e por um projeto democrático-popular para o País.
A CMP congrega diversos movimentos populares urbanos, como moradia, saúde, mulheres, negros (as), juventude e economia solidária, dentre outros. Nesses 30 anos, lutamos contra o neoliberalismo, participamos da conquista de governos populares e estivemos presentes ativamente nas mobilizações contra o golpe, os retrocessos, a prisão injusta de Lula e contra o fascismo. Defendemos a democracia, os direitos e a soberania. Promovemos ações de solidariedade e protestamos contra o desemprego, desigualdade, miséria, fome e violência, especialmente contra a juventude preta e periférica e as mulheres.
O VII Congresso será realizado em um momento de crise brutal do capitalismo e avanço das classes dominantes, da extrema direita, do fascismo, das privatizações dos recursos naturais e das empresas públicas, destruição dos direitos e desmonte das políticas públicas.
No Brasil e na América Latina, apesar de sofrermos há anos com as consequências dessa crise, abrimos uma nova conjuntura, de possibilidades de avanço das lutas da esquerda. A retomada das mobilizações e as vitórias eleitorais nos últimos anos de forças progressistas poderão contribuir para estancar o avanço do neoliberalismo e do fascismo, com lutas de massas em defesa das pautas da classe trabalhadora.
Com a eleição de Lula, mesmo que por uma frente ampla, incluindo segmentos da burguesia, temos possibilidades de fortalecer nossas lutas para estancar o processo de privatizações, restabelecer a democracia, retomar os direitos, combater a fome, priorizar políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades do povo e colocar em curso um amplo e profundo processo de participação popular que contribua para elevar o nível de organização, fortalecer os movimentos populares e aumentar a consciência política e mobilização, indispensáveis para enfrentar a burguesia e o fascismo.
O Congresso fará um balanço geral dos 30 anos de nossa caminhada e experiência política, e especificamente da gestão 2018-2022, considerando as lutas que travamos, as dificuldades, os avanços e desafios. Também faremos um ato de comemoração dos 30 anos da CMP. Convidamos a todas e todos a acompanhar esse processo e contribuir para fortalecer a CMP em todo o Brasil.
Viva o VII Congresso da CMP!
Viva os 30 anos da CMP!