Pandemia e Pandemônio – Manifesto contra as hordas de Bolsonaro

Apoiador do ato pró-bolsonaro agride homem na rua. Data: 15/03/2020. Local: Avenida Paulista. São Paulo. Foto: Sérgio Silva | Ponte Jornalismo

O Comitê Popular Ponte Rasa se solidariza com a corajosa jovem(de identidade desconhecida), que, neste domingo(15/03) durante a passeata das hordas bolsonaristas na Avenida Paulista bradou “Fora Bolsonaro”, e, em consequência do exercício de sua livre manifestação de pensamento foi alvejada ao receber, na perna, um tiro certeiro; o que demonstra mais uma vez, que Bolsonaro e seus cúmplices tem a miserável vocação para tumultuar a República brasileira.


Que não venham argumentar que a jovem recebeu o merecido porque se prestou a provocar bolsonaristas durante a passeata.


Na verdade, quem provoca o Brasil é Bolsonaro e suas hordas antipatriotas quando ameaçam fechar o Congresso e o STF. Esta suprema provocação de Bolsonaro precisa ser contida e punida, pois, está mais do que claro que, deliberadamente mentiu, quando na cerimônia da posse presidencial jurou defender a Constituição.


E este absurdo é tanto maior, quando em meio a pandemia do Covid-19, ao invés de buscar proteger os brasileiros com medidas de contenção epidêmica, o pandemônio é gerado por Bolsonaro e suas hordas, que tumultuam a República e, agora, por julgarem que permanecerão impunes, cometem o crime de ferir com arma de fogo uma mulher que, aliás, poderia ter entrado para a estatística do feminicídio.


O Comitê Popular Ponte Rasa ao se solidarizar a jovem que foi ferida espera que as autoridades competentes punam o responsável, que em atitude criminosa e provocativa debocha da pouca democracia que ainda resta, ao endossar a conduta pervertida de Bolsonaro que aspira ser um ditador, por não conseguir ser sequer presidente.


O Comitê Popular Ponte Rasa entende também que a agressão à jovem não é só um crime político, mas também um crime com um nítido recorte misógino; ditado por um machismo cultural detestável que não suporta quando o lugar da fala é outro que não seja o masculino; por isso, espera-se das autoridades que se cobre providências exemplar contra esta violência à mulher.


O Comitê Popular Ponte Rasa também entende que Bolsonaro, desde antes de ser eleito, tem tumultuado a República e feito apologia sistemática da violência como prática política e, sendo assim, ao promover atos desta natureza, deve responder por incitação à violência e balbúrdia, pois, semeia a desordem ou antes, a violência organizada no país; conduta, aliás, incompatível com a função de Chefe do Executivo. Com isso, alerta-se à sociedade civil que cobre das autoridades providências e impute-se responsabilidade a Bolsonaro pelo tumulto gerado e que culminou no ataque patrocinado a jovem que, por isso, foi, então, cerceada em sua legítima liberdade de expressão.

Abraço fraterno

Charles Gentil

Foto de destaque: Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

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