Neste início de ano, a balança comercial do Brasil registrou três recordes históricos para um mês de janeiro: de exportações, de superávit e de corrente de comércio.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações brasileiras somaram, em janeiro, US$ 27,02 bilhões, um crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações foram de US$ 20,49 bilhões, uma queda de 0,1% na comparação com janeiro de 2023.
Os números resultaram em um superávit comercial de US$ 6,53 bilhões no mês, um salto de 185,6% em relação a janeiro de 2023. A corrente de comércio somou US$ 47,5 bilhões, com crescimento de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Esses resultados são os maiores para um mês de janeiro desde o início da série histórica, em 1989. Refletem o acerto das ações adotadas pelo governo Lula para fortalecer o setor produtivo, o que inclui ampliação de crédito, abertura de novos mercados para produtos brasileiros no exterior, entre os quais 78 para a produção agrícola em 2023; estímulo à inovação e às exportações.
“O resultado continua reproduzindo o padrão recorde de 2023 e é fundamental para o desenvolvimento do país”, destacou o MDIC, na rede social X, sobre uma performance que pode impulsionar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas em 2024.
O líder do PT no Senado, Beto Faro (PA), credita o excelente momento da economia brasileira à gestão do presidente Lula.
“Quando o Brasil é bem conduzido, a força da economia brasileira se mostra nitidamente. A atuação do governo Lula melhorou a imagem do país no exterior, e os reflexos estão por toda parte. Se em 2023 tivemos queda de desemprego e aumento da renda e do PIB, neste ano podemos esperar por notícias ainda melhores. Estávamos com saudade de um presidente que efetivamente trabalha em prol do seu povo”, disse o parlamentar.
Exportações
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento da indústria extrativa (53,3%, atingindo US$ 8,16 bilhões), com destaque para minérios de cobre e seus concentrados (100,9%), minério de ferro e seus concentrados (56,9%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (53,4%).
Na agropecuária (21% de aumento, totalizando US$ 4,29 bilhões), os destaques foram soja (191,1%), algodão bruto (106,5%) e café não torrado (aumento de 17,9%).
Na indústria da transformação (4,6% de aumento, alcançando US$ 14,45 bilhões) os maiores crescimentos foram em relação à exportação de açúcares e melaços (88,5%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (30,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (20,6%).
Importações
O maior crescimento das importações se deu na indústria de transformação (aumento de 2,4%, alcançando US$ 18,66 bilhões), enquanto a maior queda ocorreu na indústria extrativa (-27,6%, somando US$ 1,19 bilhão). No setor agropecuário, houve crescimento de 1,5% (US$ 0,51 bilhão). A combinação destes resultados motivou a queda das importações.
Principais parceiros comerciais
Em relação aos nossos principais parceiros comerciais, destaca-se o crescimento das exportações para China, Hong Kong e Macau (53,1%) e para os Estados Unidos (26,8%). Cresceram também as vendas para África (27,5%) e o Oriente Médio (42,5%).
Em relação às importações, houve crescimento de 11,2% da China, Hong Kong e Macau, e de 1,8% dos Estados Unidos. Houve queda das aquisições de produtos argentinos (- 3,2%) e da União Europeia (-1,4%).
Por Agência Brasil