Tatto vai lutar contra terceirização do Hospital Campo Limpo: “saúde não é pra dar lucro”

Nem mesmo as mais de 17 mil mortes causadas pelo coronavírus em São Paulo parecem comover a gestão de Bruno Covas. Desta vez, a política entreguista do tucano tem como alvo o Hospital do Campo Limpo, ameaçado de terceirização e motivo de ato realizado na manhã desta terça-feira (14).

Se depender do pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Jilmar Tatto, a importante unidade de saúde da Zona Sul da cidade não será entregue de mãos beijadas à iniciativa privada. “Eu quero dizer para vocês um papo muito reto: não vai terceirizar. Se terceirizar, nós vamos reverter. Eu assumo esse compromisso com vocês”, reiterou o petista.

Tatto voltou a criticar o “bate-cabeça” entre João Doria e Bruno Covas no combate à pandemia e a ultrapassada agenda de enfraquecimento do estado e do serviço público de qualidade, “Saúde não é para dar lucro. A saúde tem que ser pública, gratuita e universal. Imagina se não fosse o SUS neste momento de pandemia. Não temos que entregar o SUS; temos que fortalecê-lo”.

A saúde, prossegue Tatto, tinha que ser a prioridade do governo neste momento. “Quero mandar um recado ao Hospital Albert Einsten: não ponha suas patas aqui. Se por, nós vamos tirar”, conclui o pré-candidato, citando a organização social de saúde Hospital Israelita Albert Einstein (OSS), a quem a terceirização beneficiaria.

Medida arbitrária

Além de deixar os moradores da região sem acesso à saúde, a decisão de Bruno Covas de terceirizar o Hospital do Campo Limpo também poderá causar mais desempregos. “Os trabalhadores não sabem para onde irão. O hospital, que é referência da zona Sul para ortopedia, neurocirurgia e saúde mental e o único público, pode causar ainda mais sofrimento à população pela perda de atendimento”, aponta nota assinada pelos sindicatos ligados ao setor.

Bruno Covas quer entregar o Pronto-Socorro, UTI Adulto e Pediátrica, centro cirúrgico, clínicas ortopédica e médica, leitos da internação e atendimentos ambulatoriais, sem ao menos discutir com o Conselho Gestor do hospital e Conselho Municipal de Saúde.

Somente no distrito do Campo Limpo vivem aproximadamente 650 mil pessoas.

Da Redação Equipe Jilmar Tatto

Foto: Filipe Araújo

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