#3ConJPT: Luna Zarattini propõe que a JPT ocupe os zonais, reative os núcleos de base e tenha uma gestão descentralizada

No domingo (27), a Secretaria Municipal da Juventude do Partido dos Trabalhadores da capital paulistana fará o seu 3º Congresso da JPT. Antes disso, a Rádio Linha Direta, em conjunto com a comissão organizadora do 3º congresso da JPT, está fazendo uma série de entrevistas com os candidatos (as) a secretário (a) da JPT sampa: Danylo Bomtempo, Vitor Marques e Luna Zarattini.

Integrante da plataforma digital Jornalistas Livres e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a jornalista Larissa Gould é a entrevistadora do programa especial da Rádio Linha Direta.

Segunda entrevistada da série, Luna Zarattini Brandão tem 21 anos, milita há quatro anos no PT e estuda Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, a USP. Militante do movimento estudantil, Luna integra o núcleo de petistas da USP e faz parte do Conselho Participativo Municipal da Lapa.

Candidata pela chapa ‘Por uma JPT presente e Viva!’, no bate-papo, Luna Zarattini falou que o desafio para o próximo período é reorganizar da JPT para, em suas palavras, a juventude voltar a disputar valores na sociedade.

Luna propõe que a juventude da capital ocupe os zonais com atividades culturais, de formação, que seja reativado os núcleos de base da JPT e que a gestão seja descentralizada. “O quê nós estamos trazendo de proposta de mudança é o ‘Ocupa DZ’, que seria ocupar a estrutura físicas dos DZ’s, que são os diretórios zonais do PT, que estão nas bases mesmo e são distribuídos em todas regiões de São Paulo. Então, ocupar essa estrutura física com grupo de sarau, cursinhos populares, várias atividades poderiam estar acontecendo, após as pessoas voltarem do seu trabalho ou pela manhã, enfim, com crianças, com a juventude local, da região e nós não estamos conseguindo ocupar isso para fazer uma formação cultural e política. Acho que essas coisas não estão desassociadas. Voltar os núcleos de bases da juventude do PT com plenárias abertas, formação política, ter de fato uma descentralização da juventude do PT com coordenadores por região e a gente seja sempre ligados a esses coordenadores […] Voltar às mobilizações de ruas, ter publicações periódicas e também ter os núcleos digitais”, explica.

Sobre o genocídio da juventude negra, principal eixo do 3º Congresso da Juventude do Partido dos Trabalhadores, LUna citou uma frase do rapper Emicida e disse que a JPT tem que estar ao lado dos movimentos sociais. “Acho que a JPT não pode está conivente, tem que estar somando com os movimentos sociais e até pegar uma frase que o Emicida falou no programa Altas Horas, ‘O táxi não para, mas a viatura para. Esse é um problema urgente’. Então, acho que nós temos que estar somando junto dos movimentos e mostrando força, mostrar que o PT está a par dessa discussão”, disse.

Luna insiste na necessidade da ocupação dos espaços e faz dela uma de suas principais propostas. Segundo ela, o incentivo ao uso do espaço garante a participação social. “A partir do momento que você faz com que as pessoas ocupem os espaços, elas começam a tomar aquele espaço para si. A nossa sociedade tem uma cultura de negação da rua, negação dos espaços públicos, negação de vários movimentos culturais que na verdade estão sempre aí construído pela sociedade (…) Uma política muito importante do governo Haddad é o Conselho Participativo Municipal, que faço parte que justamente incentivando a participação social na discussão da cidade, na discussão das politicas públicas”, frisa.

Ao final, Luna Zarattini conclama a juventude simpatizante do PT a participar da juventude do partido e da chapa que ela é candidata.“A minha candidatura está indo nesse sentido, de ampliar, por que eu sei que sozinha, eu não vou resolver os problemas de dentro do PT e nem da juventude. Nós temos que construir coletivamente, tirar essa hierarquia, abrir mesmo a juventude do PT para ela fazer o diálogo com a juventude que já está filiada e a juventude que não está filiada, que não precisa necessariamente se filiar, mas que nós podemos estar construindo várias pautas juntos”, concluí.

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