O Prefeito Fernando Haddad lançou nesta terça-feira (19) na praça Roosevelt, região central, o edital “Redes e Ruas”, que vai selecionar até 62 propostas de inclusão, cidadania e cultura digital. Os projetos deverão ter ações a serem desenvolvidas em telecentros, praças do programa WiFi Livre SP e em parceria com os Pontos de Cultura de São Paulo. A ideia é promover e fortalecer ações de cultura e inclusão digital e promover iniciativas de ocupação dos espaços públicos na cidade. Ao todo, serão investidos R$ 3,7 milhões.
Durante o evento, Haddad ressaltou a importância do edital dentro da política para a reocupação dos espaços públicos na cidade. “Eu acho que São Paulo pode ter uma oportunidade de se superar. É uma cidade que andou entre idas e vindas e teve muito prejuízo do ponto de vista da convivência. Eu acho que isto [o edital] se insere dentro do contexto em que é possível repensar uma cidade que a gente tenha muito prazer de conviver”, afirmou.
A iniciativa é uma parceria entre as secretarias municipais de Cultura, de Direitos Humanos e Cidadania e de Serviços. As inscrições estarão abertas entre 20 de agosto e 19 de setembro e deverão ser realizadas por meio de cadastro na nova plataforma de gestão cultural SPCultura, além da entrega do projeto e da documentação no Núcleo de Fomentos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura.
“Esta atividade coletiva entre as três secretarias vem sendo estimulada desde o início pelo prefeito. Um trabalho articulado entre as secretarias para que se produza melhores resultados em termos de produção de novas políticas e dar mais qualidade nas políticas públicas”, disse o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.
Os projetos inscritos serão distribuídos em três grupos:
Categoria A: para pessoa jurídica sem fins lucrativos – serão selecionados sete projetos no valor máximo de até R$ 140 mil cada um. Estas propostas devem contemplar quatro macrorregiões da cidade e desenvolver, ao menos, 120 horas de atividades em telecentros da rede municipal (contemplando 10 unidades), além de 72 horas de atividades nas praças do Programa Wifi Livre SP e/ou Pontos de Cultura das regiões indicadas;
Categoria B: para pessoa jurídica sem fins lucrativos – serão selecionados 20 projetos no valor máximo de R$ 70 mil cada um, abrangendo duas macrorregiões da cidade, ao menos 60 horas de atividades em telecentros (contemplando, no mínimo, cinco unidades), além de 36 horas de atividades nas praças do Programa WiFi Livre SP e Pontos de Cultura das regiões indicadas;
Categoria C: para grupos/coletivos de pessoas físicas – serão selecionados 35 projetos no valor máximo de R$ 36 mil cada um, que deverão ter ao menos 48 horas de atividades nas praças do Programa WiFi Livre SP em uma das macrorregiões da cidade. A distribuição dos projetos contemplados nesta categoria deverá garantir o mínimo de cinco projetos por macrorregião da cidade.
“Esse edital vai possibilitar que a gente espalhe pela cidade inteira, nas praças e nesses espaços públicos, essas experiências de criatividade usando a tecnologia digital”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, que continuou: “Acho que a tecnologia quando se populariza e se abre para viver experiências criativas que a cidade pode oferecer, ela pode ter projetos absolutamente inovadores”.
As linhas de ação deste edital estão sintetizadas em cinco temas principais:
1 – Formação: cursos e oficinas;
2 – Produção artístico-cultural: criação de obras de arte e intervenções artísticas;
3 – Comunicação: desenvolvimento de sites, blogs, veículos de jornalismo comunitário e criações audiovisuais;
4 – Desenvolvimento: criação de aplicativos e plataformas digitais;
5 – Ocupação do espaço público pela cidadania: ações que promovam o direito à cidade, fortaleça relações nos territórios e fomentem a convivência no espaço urbano.
Uma comissão paritária formada por 12 membros, sendo seis da sociedade civil e outros seis do poder público, selecionará os projetos com base nos critérios previamente estabelecidos pelo edital.
“Estamos voltados aqui para entregar para a população uma política pública para todas as tribos que querem desenvolver o trabalho na rua, querem desenvolver o trabalho nos espaços públicos e querem desenvolver a sua arte e a sua cultura. Esse edital é um dos maiores editais do país para fomentar a expressão artística e cultural na rua”, destacou o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili.
Também participaram do lançamento Alcides Amazonas (subprefeito da Sé), Wagner Roberto Ribeiro Soares (subprefeito em exercício de Pinheiros), Beatriz Tibiriçá (Coletivo Digital) e Toni William (Coletivo Coletores)
Wi-fi Livre SP
O anúncio do edital também foi marcado pela inauguração do sinal de internet gratuito do programa WiFi Livre SP na praça Roosevelt. Fruto de uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo e de uma parceria entre a Secretaria de Serviços e a Prodam, o programa WI-FI Livre SP tem como objetivo levar internet gratuita e de qualidade disponibilizando um sinal WiFi nas principais praças de cada distrito da capital. A ação encoraja a cidadania por meio da inclusão digital.
O número de localidades públicas atendidas será de 120, distribuídas entre os 96 distritos de São Paulo. Já a disponibilidade dos serviços será dividida conforme a demanda do local.
A velocidade mínima da internet oferecida é de 512kbps efetivos e por usuário, tendo uso irrestrito por parte de qualquer cidadão que tenha um dispositivo compatível com o protocolo WiFi – como laptops, celulares, tablets, entre outros. A velocidade e a qualidade da conexão serão aferidas pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.BR), em parceria com a Secretaria de Serviços, por meio do Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha (Simet), a ser instalado em cada uma das praças.
Nesta terça-feira (19) pela manhã, o prefeito Fernando Haddad também inaugurou o sinal de internet gratuito do programa na praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (Praça do Forró), em São Miguel Paulista, zona leste. Agora já são 31 praças que oferecem o serviço.
Fonte: Secom- Prefeitura de SP