Um convite para que cada cidadão se aproprie da área central da cidade, vivenciando transformações urbanísticas projetadas pelos técnicos e opinando diretamente sobre o impacto delas. Essa é a proposta do projeto Centro Aberto, que a partir dessa sexta-feira (26) a Prefeitura implementa nos largos São Francisco e Paissandu, como os primeiros pilotos.
Ao longo de dois meses essas áreas vão receber intervenções temporárias como faixas de pedestre novas, paraciclos, compartilhamento de bicicletas e banheiros públicos. Os espaços também terão bancos em muretas e canteiros, decks de madeira com guarda-sol e cadeiras de praia, equipamentos de lazer e ginástica, além de programação cultural que inclui feirinha gastronômica, shows, projeções de cinema e vídeo e karaokê. A ideia é propor e testar soluções de mobilidade e convivência em escala real, antes de fazer reformas estruturais permanentes nos espaços públicos.
O Centro Aberto dá vida aos projetos discutidos ao longo do ano passado por entidades da sociedade civil com atuação no centro, arquitetos, urbanistas, estudantes e diversos órgãos da administração municipal. Foram três workshops realizados nos meses de abril, agosto e novembro de 2013, que viabilizaram a seleção desses dois pilotos como hipótese urbana para o centro da cidade: um no Largo São Francisco e Praça do Ouvidor Pacheco e Silva, e outro no Largo Paissandu e Avenida São João. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e teve consultoria do escritório dinamarquês Gehl Architects.
Em lugar das tradicionais maquetes reduzidas ou desenhos, a Prefeitura inova na metodologia e apresenta os projetos urbanísticos em escala real, permitindo às pessoas que vivenciem a ideia de perto. A proposta vai ao encontro da construção coletiva de instrumentos para qualificação dos espaços públicos da áreas central. Durante todo o período de implantação, serão realizadas conversas com a população local e interessados em geral, num canal aberto para o diálogo entre sociedade civil, técnicos e gestores urbanos.
Fonte: Prefeitura de SP – Secom