Alckmin assume: “O racionamento já existe”

O governador Geraldo Alckmin assumiu, finalmente, que há racionamento de água em São Paulo. A declaração foi dada durante a coletiva de posse do novo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Gambaroni, na Academia do Barro Branco, da PM, na zona norte da capital paulista.

“O racionamento já existe. Quando a ANA [Agência Nacional de Água] determina que você que tem que reduzir de 33 para 17 [metros cúbicos por segundo] no Cantareira, é óbvio que você já está em restrição. Está mais do que explicitado”, falou.

Alckmin jamais havia assumido que os paulistas estavam sem água – pelo contrário. Foram inúmeras as vezes em que ele negou o racionamento, mesmo com as constantes reclamações da população em todas as regiões do estado e da capital paulista, chegando a afirmar em diversas ocasiões que não “há racionamento de água”.

A situação é admitida pelo governo do estado um dia após a Justiça proibir a cobrança de multa para quem consumir mais água do que a média e cobrar que o estado declare racionamento.

Perguntado se o governo vai declarar racionamento conforme decisão judicial, Geraldo Alckmin disse não ser necessário. “Não tem que ter decreto, isso está mais do que explicitado”, completou.

Sabesp muda discurso

Na mesma onda de Alckmin, a Companhia de Abastecimento de Água de São Paulo (Sabesp) também contradisse o seu discurso. A empresa divulgou em seu site, na noite desta terça-feira (13), uma lista com todos os bairros onde está sendo aplicada a redução de pressão de água. No comunicado, a companhia declara que “a Sabesp está aplicando a redução de pressão em todos os setores de abastecimento atendidos na Grande São Paulo. E, devido à estiagem atual, esta ação está sendo intensificada”.

Em entrevista ao jornal SPTV, da Rede Globo, na tarde desta quarta-feira, o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, legitimou as declarações de Alckmin sobre racionamento e afirmou que se trata de uma “questão semântica”, pois quem está sem água já se sente em um racionamento.

Fonte:SpressoSP

 

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