Cerca de 40 mil trabalhadoras rurais ocuparam as ruas da Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quarta-feira (12). Trata-se da 5ª Marcha das Margaridas, uma mobilização social de alcance internacional organizada por trabalhadoras do campo, da floresta e das águas.
Desde esta terça-feira (11), delegações de todo o Brasil e da América Latina se reúnem em Brasília para uma mobilização pelo enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da soberania alimentar e nutricional e na construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e sem intolerância religiosa.
As Margaridas estão concentradas no estádio Mané Garrincha, onde ocorreu a abertura oficial do ato, na terça-feira (11). Para a coordenadora geral da mobilização e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, a marcha é um referencial de mudança dos rumos, de conquista de políticas públicas para o Brasil.
“De peito aberto, independente do governo que aí estiver, sempre diremos as políticas que esperamos. São muitas as conquistas. Se a gente listar, temos muito a comemorar, como exemplo cito o programa de documentação para trabalhadora rural”, destacou Lunas.
Presente na abertura da Marcha das Margaridas, na noite de terça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um comparativo entre o Brasil antes e depois da chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Presidência da República.
“Vocês aprenderam depois de muitas marchas que é possível mudar a história desse país. Quanto mais a gente quer, mais a gente conquista. Democracia não é um ato de silêncio, mas é o povo na rua reivindicando direitos”, destacou o ex-presidente.
Durante a manhã, uma comitiva do grupo será recebida no Congresso Nacional para registrar a pauta da mobilização para o conhecimento dos parlamentares. A presidenta Dilma Rousseff participará do encerramento da marcha, durante a tarde desta quarta-feira (12).
Fonte: Agência PT de notícias