Terça, 18 Setembro 2012 – Fonte: Portal Linha Direta.
Abandono de gestão, ataques infundados e promessas não cumpridas refletem na opinião dos eleitores a respeito do candidato José Serra (PSDB) nas projeções para a Capital em 2012.
José Serra bateu um recorde. De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada em 12 de setembro, o candidato tucano atingiu a marca de 46% de rejeição entre o eleitorado paulistano. O resultado disso? Ataques a Fernando Haddad, ofensas direcionadas à presidenta Dilma Rousseff e a tentativa frustrada de confundir o eleitor.
O jornal O Estado de São Paulo traz hoje (13), na matéria “Documento contradiz Prefeitura em polêmica sobre doença de homem que apareceu em programa de TV petista criticando a saúde municipal”, o prontuário médico do caminhoneiro José Machado – personagem de um dos programas políticos de Haddad, que afirmou estar na fila de espera por uma consulta na rede pública municipal há um ano para tratamento de sua catarata.
A Secretaria Municipal de Saúde rompeu o sigilo médico do paciente e divulgou informações de sua ficha. Com base desses dados, o candidato Serra e o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, acusaram a campanha de Haddad de ter mentido sobre a doença, que não seria catarata, mas pterígio (pele que cresce sobre a córnea). A manobra não funcionou. Os laudos comprovam a veracidade da doença.
Na mesma edição, outra matéria cedeu espaço para o candidato criticar a participação de Dilma Rousseff na campanha em São Paulo. As afirmações de que a presidentA “mal conhece o Estado”e que não deveria “dizer para os paulistas como é que eles devem votar”, derruba uma ação executada por ele próprio, quando se utiliza da imagem de Fernando Henrique Cardoso para pedir votos na TV e no rádio.
Reação
Fernando Haddada respondeu aos jornalistas que a reação do tucano demonstra a “baixesa” costumeira nas campanhas. “Daqui a pouco, Serra não vai poder circular pela cidade”, em referência ao índice recorde de rejeição do candidato do PSDB. Segundo o Datafolha, a taxa de Serra subiu de 42% para 46% – nível nunca atingido em uma avaliação na capital paulista.
Os dados da pesquisa dão conta que quase metade dos eleitores paulistanos não votariam no tucano “de jeito nenhum”. Mesmo que chegasse ao segundo turno – hipótese já questionada hoje – Serra teria um desempenho inferior ao de Haddad.