Foi lançada no dia (1/6), na Sala São Paulo, a campanha Junho Vermelho, parte da iniciativa “Eu Dou Sangue pelo Brasil”. O objetivo da ação é conscientizar os cidadãos sobre a importância da doação de sangue como hábito constante. Em 14 de junho será comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. São Paulo é o estado com o melhor índice de doações em todo o país, correspondendo a 25% do total.
Como forma de chamar a atenção sobre a campanha, a Prefeitura de São Paulo, por meio do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), manterá iluminado em vermelho, durante todo o mês de junho, os seguintes monumentos: Viaduto do Chá, Biblioteca Mário de Andrade, Monumento às Bandeiras, Estátua Borba Gato e Ponte das Bandeiras.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é que, no mínimo, 5% da população seja doadora. No Brasil essa porcentagem não chega aos 2%. Em 2014, foram coletadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue, quantidade responsável por 3.127.957 transfusões ambulatoriais e hospitalares.
O clima frio reduz o número de doadores e o número cai ainda mais. De acordo com Diana Berezin, uma das idealizadoras do movimento “Eu Dou Sangue pelo Brasil”, a queda de temperatura, o aumento das infecções respiratórias e outras enfermidades fazem com que as doações diminuam, em média, 30%. “Além disso, com o período de férias há um aumento no número de acidentes nas estradas, o que pressiona ainda mais os estoques dos hemocentros”, disse Diana.
Estoques
Quando ocorre a campanha, os hemocentros observam pequenas altas em seus estoques. No entanto, segunda a idealizadora do movimento Debi Aronis, o fluxo de doações não se mantém. “As bolsas de sangue coletadas são divididas em três partes: hemácias, plasma e plaquetas e cada hemo-componente tem um prazo de validade diferente. De uma forma geral, a oferta é sempre inferior à demanda”, afirmou Debi. O movimento também estará nas redes sociais, com ações no Twitter, Instagram e Facebook. Para fazer parte, o interessado deve postar usando a hashtag #EuDouSangue.
Segundo Afonso Cortez, diretor de postos de coleta e agências transfusionais da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan) , para atender a demanda dos hospitais municipais de São Paulo é necessário coletar 10.000 bolsas de sangue ao mês. “A Colsan coleta cerca de 150.000 bolsas de sangue por ano, o que corresponde a 15% da coleta do Estado de São Paulo e a 4% de coletas do Brasil”, disse Cortez.
Os períodos de dificuldade para recrutamento de doadores são os que compreendem as férias de julho, dezembro e janeiro. Segundo Cortez, o tipo de maior escassez no sistema é o O Rh negativo, por ser muito utilizado em emergências, já que esse tipo de doador é universal.
Outros monumentos que serão iluminados em São Paulo:
• Câmara dos Vereadores
• Sala São Paulo
• Sede da Secretaria de Desenvolvimento Social
• Sede da Secretaria de Saúde
• Fonte do Parque do Ibirapuera
• Instituto do Câncer – ICESP
• Memorial da América Latina
• FIESP
• Assembleia Legislativa do Estado de SP
Fonte: Prefeitura de SP
Serviço:
Banco de Sangue
Atendimento: segunda a sábado
Horário: das 8h00 às 13h00 (exceto feriados)
Telefone: 3277-5303
Para doar sangue você deve:
- portar documento oficial de identidade com foto,
- ter idade ente 18 e 65 anos,
- pesar acima de 50 kg,
- estar em boas condições de saúde,
- estar alimentado, porém evitar refeições pesadas (gordurosas).
Homens podem doar a cada dois meses, até no máximo quatro vezes ao ano e mulheres a cada três meses, até no máximo três vezes ao ano.
Orientações:
Para doar sangue você não pode: ter risco acrescido para doenças transmissíveis pelo sangue (ser usuário de drogas injetáveis e inalatórias), praticar sexo não seguro, com vários parceiros, ou ser parceiro sexual de portadores de HIV ou Hepatite).
Responsável pela coleta de sangue no HSPM – Colsan(Associação Beneficente de Coleta de Sangue)