Presidenta Dilma Rousseff comentou a anulação durante cerimônia de anúncio de criação de novas universidades no Palácio do Planalto.
A presidenta Dilma Rousseff comentou, nesta segunda-feira (9), sobre a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular o processo de impeachment em curso no Congresso. Dilma foi informada da notícia durante anúncio, no Palácio do Planalto, da criação de mais cinco novas universidades federais e a inauguração de 41 campi de institutos federais, mas pediu “cautela”.
“Eu não tenho essa informação oficial, não sei das consequências. Tenham cautela, nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas”, afirmou Dilma. “A minha disposição é para lutar até o fim. Temos que defender a democracia, lutar contra o golpe, contra esse processo irregular”, complementou.
A presidenta voltou a falar sobre os decretos que servem de base para o pedido de impeachment. Ela explicou que os decretos foram corriqueiros em outros governos, mas que foi usado como argumento para impedimento apenas contra seu mandato.
“O que eles dizem é que o governo atrasou o pagamento de pedaço do Plano Safra, alguém aqui já atrasou o aluguel foi acusado de ter tomado empréstimo do dono do imóvel:? Tenho certeza que não. Atraso não é empréstimo, atraso é atraso.”
Dilma afirmou ainda que tentar transformar o golpe em impeachment sob o manto da legalidade é desprezar a inteligência do povo brasileiro.
“Estou sendo vitima de um golpe. É absoluto desprezo pela capacidade de compreensão da sociedade brasileira (dizer que não é golpe). É subestimar. Para ter impeachment tem de ter crime de responsabilidade. E não há crime de responsabilidade”.
Fonte: Blog do Planalto