Morar no centro não é privilégio, é um direito! Política de moradia não se faz com polícia!
O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de São Paulo manifesta sua mais profunda solidariedade às moradoras e aos moradores da Favela do Moinho, vítimas de uma violenta e inaceitável ação da Polícia Militar do Estado no dia 13 de maio de 2025. A repressão armada contra uma comunidade pobre, em plena luz do dia, é o retrato de um governo que trata a população vulnerável como inimiga e abandona qualquer compromisso com os direitos humanos. Até casos comprovados de cerceamento do trabalho jornalístico da imprensa estão documentados.
A política habitacional não pode ser conduzida com violência, ódio, bombas e cassetetes. O que aconteceu no Moinho não é um caso isolado, mas parte de um projeto maior: o do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro, que promove a gentrificação, a especulação imobiliária e a remoção forçada de comunidades em nome dos interesses do capital imobiliário. Tudo isso com o completo e irrestrito apoio do Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
O PT defende um modelo de política habitacional voltado para o direito à cidade e para a permanência das populações em seus territórios. Isso significa: urbanizar as favelas, produzir moradias populares em áreas centrais, garantir o princípio do chave por chave (ninguém deve sair sem ter para onde ir) e assegurar a participação popular no planejamento urbano.
A Favela do Moinho é símbolo de resistência e pertencimento. Sua localização estratégica no centro da cidade deveria ser valorizada como expressão do direito à cidade – e não como obstáculo ao “progresso” de poucos. O que está em jogo é o futuro da cidade: será ela um espaço democrático para todos, ou um território reservado aos que podem pagar?
Diante de tanta brutalidade, o governo do presidente Lula adotou medidas importantes e responsáveis: suspendeu o acordo com o governo do estado sobre a área federal que envolve o Moinho e enviou representantes dos Ministérios das Cidades, dos Direitos Humanos e da Secretaria-Geral da Presidência da República para dialogar com a comunidade e os movimentos de moradia. Essa postura demonstra o compromisso do governo federal com os direitos sociais e com uma política urbana centrada nas pessoas, não nos lucros.
É urgente que o poder público municipal e estadual abandone a lógica repressiva e retome uma política habitacional inclusiva, com recursos públicos, planejamento democrático e respeito às comunidades.
O PT reafirma seu compromisso histórico com os movimentos de moradia, com a função social da cidade e da propriedade, e com a construção de uma São Paulo mais justa, inclusiva e sem despejos.
Toda solidariedade à luta das famílias do Moinho! Moradia é direito, não é caso de polícia!
Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores – São Paulo