O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo subiu 6,91% em 2010, em relação a 2009. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), essa variação foi a maior registrada desde 2004, quando atingiu 7,7%.
Os alimentos encabeçam a lista dos itens que mais subiram, com aumento de 11,95%. Só o feijão apresentou aumento de 66,5% de 2009 para 2010. Comer fora de casa também passou a custar 11,52% a mais.
Outros itens
Somados os gastos com moradia, que incluem impostos, condomínio e aluguel, o ICV contabilizou crescimento de 12,21%. Educação e leitura ficaram 5,4% mais caras, remédios, 5,75% e assistência médica, 5,39%. Passagens de ônibus e metrô subiram 11,96% e os gastos com veículo próprio ficaram 1,15% mais caros.
Entre os itens que apresentaram aumentos inferiores a 2009 estão vestuário (0,61%), Recreação (0,51%) e Equipamento Doméstico (-1,02%). Tanto os eletrodomésticos quanto as roupas tiveram influência do dólar fraco e da concorrência dos importados com os produtos produzido no Brasil.
Os mais afetados
Quem mais sofre com esses aumentos é a população mais pobre. Para quem recebeu R$ R$ 377,49 (um terço das famílias mais pobres da cidade) o custo de vida cresceu 7,67% de um ano para outro.
Para as famílias com rendimento mensal médio de R$ 934,17 em 2010, o acréscimo foi de 7,44%. Os que receberam em média R$ 2.792,90 sofreram aumento de 6,49%, segundo o Dieese.
O aumento no preço dos produtos e dos serviços na capital paulista superou até o aumento da inflação. No ano passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 5,91%. Em 2004, o ICV subiu 7,7%, enquanto a inflação do IPCA, 7,6%.
por: PT Estadual/SP