Diversos militantes do PT decidiram pela criação de um Núcleo Palestina do PT , ligado ao Diretório Municipal do partido em São Paulo, visando agrupar os petistas que simpatizam com a causa e lutam em defesa do povo palestino frente ao genocídio em curso.
O lançamento, marcado para 25/6 na Câmara de vereadores da capital foi impedido pelo presidente da casa, Milton Leite (União Brasil), que no dia do evento expediu ofício proibindo a realização, ordenando que fossem “tomadas todas as medidas” para o impedimento.
No documento alegava “preocupações expressas pelo Consulado Geral de Israel em São Paulo”! E seguia afirmando que tal ato asseguraria “os princípios de respeito, diplomacia e segurança pública”. Ou seja, princípios de uma caserna e não da dita “Casa do Povo, que pela primeira vez, em décadas, bloqueou o direito democrático de reunião, atendendo ao pedido de um Estado estrangeiro. E esse foi também um ataque ao Partido dos Trabalhadores, que tem representantes na casa e dentro da legalidade, estaria lançando um Núcleo, em cuja mesa do evento estariam participando dois palestrantes palestinos e dois judeus antissionistas.
Impedido na Câmara, lançamento foi nas ruas!
Mas os petistas não recuaram e dezenas se reuniram em frente à Câmara, com faixas, cartazes, bandeiras, entre eles a vereadora Luna Zarattini, a deputada federal Juliana Cardoso, Markus Sokol, da executiva nacional do PT, o ex-deputado e ex-presidente do partido, José Genoíno e o ex deputado Adriano Diogo, num ato de denúncia. Logo após, numa caminhada foram até a sede do Diretório Municipal do partido, onde uma reunião formalizou o Núcleo Palestina, com dezenas de participantes e discutiram os próximos passos: denunciar Milton Leite e realizar um grande debate sobre “O que se passa na Palestina” em julho, além de retomar uma atividade na Câmara após o recesso do meio do ano.
O “tiro” de Milton Leite e do sionismo saiu pela culatra. O Núcleo nasceu no melhor dos lugares: nas ruas e na luta!
Por Babi – Barbara Corrales