Solicitado pelo único integrante da oposição, deputado Alencar Santana Braga a CPI da Máfia da Merenda terá reunião na Procuradoria Geral de Justiça, nesta quinta- feira, 03/11, às 11h, para ter acesso aos depoimentos dos delatores que depuseram neste órgão.
O esquema que fraudava as licitações da merenda escolar promovidas pela Secretaria Estadual da Educação foi deflagrado pela Operação Alba Branca em janeiro deste ano, a partir das investigações do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil.
A Bancada do PT na Assembleia Legislativa iniciou os trabalhos parlamentares com coleta de assinaturas para a CPI da Merenda, que sofreu boicote da base do governador Geraldo Alckmin, para impedir que a CPI fosse instalada.
Os estudantes secundaristas assumiram o protagonismo do debate sobre a corrupção na compra da merenda e fazem uma série de protestos que culminaram com a ocupação da Assembleia Legislativa em prol da instalação da CPI da Máfia da Merenda.
As investigações da Operação Alba Branca apontaram possível envolvimento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez do PSDB que tem foro privilegiado e, então todo o processo de investigação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil foi encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado.
Para a Bancada do PT este procedimento é questionável, uma vez o foro privilegiado é para a pessoa e não ao fato e, neste caso, caberia apenas ao deputado Fernando Capez ser contemplado.
Sob o argumento de terem feito delação, vários integrantes do esquema que atuou no Estado e em algumas prefeituras, se negaram a depor na CPI, entre eles o ex- presidente da COAF- Cooperativa Agrícola Familiar, Cássio Chebabi, que está no epicentro do escândalo, o lobista Marcel Ferreira Julio e o ex- funcionário da Cooperativa Adriano Miller Aparecido Gibertoni Mauro.
Fonte: Assessoria da Bancada na Alesp