O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (17) e garantiu que, assim como no MEC e na Prefeitura irá manter os programas que tem dado certo no estado, “sem partidarismos”.
“Não caí em São Paulo de paraquedas. Estou animado e vou trabalhar para ganhar”, lembrando que tem a seu lado dois ex-governadores, Alckmin e França, e Lula.
Haddad também defendeu uma reforma tributária mais justa. “Aquele Celtinha que muitos têm na garagem, por exemplo, paga 4% de IPVA em São Paulo enquanto sujeitos com iate e jato particular não pagam nada”.
Defesa da Sabesp
Durante a entrevista, Haddad manifestou também o seu posicionamento contrário à privatização da Sabesp, como seu adversário defende. Para ele, a medida vai na contramão do que países europeus têm feito: reestatizar a água.
“Ele vende a Sabesp, agrada o mercado, investe o dinheiro recebido sem cuidado nenhum, posa de bom gestor e aí, durante os próximos 20 anos, quem paga conta da água é o povo”, comentou.
“Se você pegar um grupo de pessoas e perguntar quais são as propostas dos candidatos que elas mais lembram são o aumento do Salário Mínimo paulista, o fim do ICMS da carne e da cesta básica, o Bilhete Único Metropolitano, os 70 Hospitais Dia, sendo 60 no Interior, a reforma do Ensino Médio. As do meu adversário ninguém sabe”, disse Haddad.
Monotrilho e geração de empregos
Pela manhã da segunda-feira, durante caminhada em São Mateus, ao lado de Lua e Alckmin, Fernando Haddad, anunciou o seu projeto de extensão das linhas de monotrilho na capital paulista.
“É importante a extensão do monotrilho, que foi prometido chegar em cidades Tiradentes há muito tempo e ainda está um pouquinho longe”, declarou Haddad, que tem afirmado com frequência que possui estudos sobre todos os contratos das concessionárias que administram as linhas de transportes sobre trilhos na cidade. E esse material será usado para determinar todo o plano de Transporte e Mobilidade em sua gestão.
Fernando Haddad também afirmou que a geração de emprego será prioridade para a região.
“No entorno do da estação do Dom Bosco da CPTM, pretendemos trazer alguns centros administrativos do Estado de São Paulo, algumas sede de estatais, algumas repartições públicas e começar a fomentar a geração de um centro administrativo, um centro comercial, nessa região dali até Itaquera, eu acho que esse eixo Itaquera – Dom Bosco é um eixo central para criar uma centralidade aqui na zona leste com emprego, é a região de São Paulo com mais moradores e menos empregos, então nós temos que trazer emprego pra cá”, explicou Haddad.