Aos 102 anos, faleceu hoje uma das grandes lutadoras do povo brasileiro.
Nascida na Paraíba, em 1918, destacou-se como ativista política e feminista a partir dos anos 30, quando ingressa no Partido Comunista.
Na militância, conheceria seu companheiro David Capistrano da Costa, histórico dirigente do PCB, com quem teria um filho, também chamado David, e duas filhas, Cristina e Carol.
Mulher de temperamento forte e combativo, era rara combinação de lucidez, realismo e firmeza. Avessa s às ilusões, fizeram-se lendários seus choques com o marido e o filho, incorrigíveis otimistas sobre a luta revolucionária.
Conquistou cada palmo de seu espaço no partido e na luta social, destacando-se como uma das mais valentes animadoras da luta pela anistia nos anos 70, quando seu companheiro já tinha sido assassinado pela ditadura.
Sobreviveu também a David filho, falecido em 2000, em mais uma cicatriz de sua vida cheia de feitos, esperanças e dores.
Nos últimos tempos, aos poucos foi deixando de comer e até de beber água. Como sempre o fez, a decisão de partir foi de seu livre arbítrio, sem hospital ou doença.
Fechou as cortinas de sua vida deixando incrível legado de compromisso e abnegação pela causa revolucionária, inscrito na história da classe trabalhadora de nosso país.
Maria Augusta presente, hoje e sempre!
Por Breno Altman – Opera Mundi