Durante o encontro para discussão do COAP, o presidente do Consórcio Intermunicipal entregaria ao secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, documento com a demanda de especialidades médicas dos sete municípios da Região. Porém, o titular da pasta não compareceu. “Hoje seria a simbologia da entrega por conta do evento. Mas vamos encaminhar o documento por intermédio do grupo de trabalho de saúde”, disse Reali.
Por Rede Brasil Atual
Segunda-feira, 14 de maio de 2012
O ABCD, que integra os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, será a primeira região do país a assinar o Contrato Organizativo da Ação Pública – Coap. O documento, que irá definir responsabilidades e metas na saúde pública das três esferas de governo, foi apresentado pelo secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, aos prefeitos e aos secretários municipais de saúde na manhã da última sexta-feira (11/05), durante reunião na Fundação do ABC (Fuabc).
Mário Reali, presidente do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os sete prefeitos da região, destacou que o contrato possibilitará que os gestores públicos tenham uma visão mais ampla dos serviços de saúde que estão disponíveis. “Hoje o Quarteirão da Saúde, em Diadema, oferece o mesmo serviço que os Ames (Ambulatório de Especialidade Médica), que são do Estado, o que acarreta em sobra de vagas no último equipamento”, disse.
Reali salientou que as demandas por serviços de saúde da Região são identificadas pela rede de atenção básica. “Essa é a porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde). Não adianta um novo hospital que não dialoga com a rede e oferece serviços que não há demanda. Temos que controlar o financiamento com a gestão”, afirmou.
Apesar de ser um documento que englobará as três esferas de governo, o secretario estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, mesmo convidado não compareceu ao evento. O presidente do Consórcio afirmou que sentiu a falta da presença do titular da pasta, mas minimizou ao afirmar que Cerri tem uma visão mais regional do que outros secretários estaduais. “A postura do Estado está mudando, pois a coordenadoria regional de saúde está muito presente na Região”, ressaltou.
Mapeamento
Ainda não há um prazo para que o contrato seja assinado pelos sete prefeitos, pois é necessário ainda, realizar algumas etapas. “Como os mapas de saúde do ABCD. Temos algo pronto, como as redes Cegonha e de urgência, mas temos que realizar os de média complexidade, os serviços que não temos, o que vale a pena implantar, entre outros atributos”, exemplificou o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio, Arthur Chioro.
Entre os mapas de saúde que serão feitos pelos secretários de saúde estão a da atenção básica, hospitalar, especializada, psicossocial, de atenção com pessoa portadora de deficiência e crônico degenerativo.
Chioro salientou que, apesar do COAP não ser um instrumento mágico – “não passa a funcionar de uma hora para outra” –, mas sim uma ferramenta de gestão que irá melhorar a oferta de serviços, regulação de acesso, coordenação do sistema, recurso de ampliação de equipamentos de saúde. “Isso acarreta em um melhor acesso da população à saúde publica, que saberá de quem cobrar por determinado serviço”, disse.
Para o coordenador do GT, a questão mais difícil de ser equalizada para a assinatura do COAP será a definição de quem pagará a conta. “Temos a clareza de onde queremos chegar regionalmente, mas quanto cada esfera de governo investirá?”, questionou.
Cultura de consórcio
Para o secretário de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, um dos principais pontos favoráveis para o ABCD é o fato de os secretários de Saúde trabalharem dentro da cultura de Consórcio. “Isso é um facilitador, além de avanços importantes na atenção básica de saúde”, avaliou.
Andrade destacou que o mapeamento também vai identificar a possível falta de profissionais de saúde. “Não adianta ter um serviço de neurocirurgia, se não há um profissional capacitada para operá-lo. Tem que unir as duas coisas. O mapa da saúde irá gerar o mapa de metas para investimentos em vazios que existem no ABCD”, disse.
Especialidades
Durante o encontro para discussão do COAP, o presidente do Consórcio Intermunicipal entregaria ao secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, documento com a demanda de especialidades médicas dos sete municípios da Região. Porém, o titular da pasta não compareceu. “Hoje seria a simbologia da entrega por conta do evento. Mas vamos encaminhar o documento por intermédio do grupo de trabalho de saúde”, disse Reali.